Abstract:
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O estudo químico com a casca do caule de Vochysia divergens, usada na medicina popular contra asma e infecções levou à obtenção de b-sitosterol, ácido betulínico, ácido serícico e uma mistura de ácido serícico e ácido 24-hidroxitormêntico. O ácido serícico mostrou atividade antimicrobiana contra bactérias (Staphylococcus aureus, Shigella flexinere, Salmonella tiphymurium, etc) e fungos (Candida albicans, C. tropicalis, Penicillium, etc) patogênicos, e atividade analgésica no modelo de dor causada pela injeção intraplantar de formalina em camundongos (primeira e segunda fase). Foram sintetisados derivados do ácido serícico a partir da oxidação com metaperiodato de sódio (1) e acetilação dos grupos hidroxila, e metilação (2) e esterificação do grupo carboxila com 2-bromo-1-feniletanona e (4'-bromo)-2-bromo-1-feniletanona. Os compostos 1 e 2, e o composto derivado do ácido serícido por acetilação dos grupos hidroxila em 2a e 24, foram mais eficientes que o ácido serícico em inibir a dor de origem inflamatória, no modelo de dor causada pela formalina. A partir da casca do caule de Ocotea suaveolens, usada na medicina folclórica como fortificante e descongestionante, foram isolados ácido 24-hidroxitormêntico e uma mistura de, b-sitosterol, campesterol e estigmasterol. O ácido 24-hidroxitormêntico também inibiu a dor (primeira e segunda fase) causada pela injeção intraplantar de formalina em camundongos. Os resultados dos estudos com V. divergens e O. suaveolens justificam o uso de tais plantas na medicina popular. |