Abstract:
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O presente trabalho utiliza as teorias britânicas da Análise Crítica do Discurso para desenvolver uma análise lingüística de 11 textos coletados da revista Cosmopolitan inglesa e da revista brasileira Nova. O objetivo deste trabalho é argumentar que a revista Cosmopolitan, aparentemente ousada e progressista, ajuda a criar e a reforçar uma visão sexista, prescritiva e conservadora das relações de gênero e da sexualidade. Para tanto, foram analisadas três categorias de elementos lingüísticos: vocabulário (representações); modalidade; e discurso hortatório. O exame destes elementos lingüísticos ajudou a demonstrar que os discursos usados na revista Cosmopolitan, embora aparentemente amigáveis e informais, escondem relações de poder e controle entre produtores e consumidores de revistas, e entre homens e mulheres. Este estudo procura desmistificar a imagem de revista feminina ousada transmitida pela Cosmopolitan, e procura mostrar que a revista em questão promove uma visão de mundo discriminatória e sexista. |