Abstract:
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O romance Agosto, de Rubem Fonseca, publicado em 1990, marca um espaço privilegiado da suspensão dos limites entre o vivido e o inventado, o que nos coloca ante a questão da representação do real. Este trabalho procura mostrar como uma maneira de armar produz uma forma de ler o corpo, a cidade e a História, enquanto fragmentação, labirinto e circularidade. A reflexão da conjugação ou transgressão das fronteiras entre o real e o inventado passa pela análise das situações e instâncias narrativas, através das quais se modela a realidade. Nesse trânsito do texto aos intertextos e nessa relação sobreterminada do romance Agosto com seu próprio tempo encontramos elementos para se pensar a interpenetração dos discursos literário e histórico. |