Abstract:
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Descrição dos dados clínicos, eletrocardiográficos e cineangiocoronariográficos de 262 pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com estreptoquinase na unidade coronariana do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, no período de 1987 a 1992. Avalia o papel da variação do supradesnível do segmento ST, como teste preditor de recanalização coronariana após terapia trombolítica. O registro eletrocardiográfico foi realizado antes (ECG 1), no final (ECG 2) e em até 24 horas (ECG 3) após o tratamento. As coronariografias de 120 pacientes, realizadas até o vigésimo primeiro dia após a admissão, foram utilizadas como teste padrão ouro. Na fase hospitalar ocorreram 16 óbitos (6,1%). A taxa de patência da artéria relacionada ao infarto foi de 72,2%. Os valores médios das medidas do desnível do segmento ST nos pacientes com a artéria pérvia (n = 93) não diferiram significativamente daqueles obtidos no grupo que não obteve sucesso com o tratamento (n = 27). No conjunto dos testes diagnósticos utilizados para a análise desta casuística, o melhor desempenho foi o do percentual de alteração do segmento ST entre o ECG 1 e o ECG 2 superior a 10% e entre o ECG 1 e o ECG 3 superior a 70%. O estudo sugere que a demonstração eletrocardiográfica da redução na elevação do segmento ST tem um valor limitado na predição da patência da artéria coronária em pacientes com infarto agudo do miocárdio e terapia trombolítica. |