Abstract:
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O tema central desta dissertação constitui-se na análise de como o Estado coercitivo instalado no pós-golpe de 1964, através de seus aparelhos repressivos e ideológicos, educou os indivíduos ao silêncio. Simultaneamente, focaliza-se a construção dos mais importantes movimentos de resistência em Santa Catarina e as diversas formas de micro-resistências que os indivíduos buscaram para sobreviver e se rebelar. Para tentar responder as estas questões, dividimos o trabalho em quatro capítulos: o primeiro, os antecedentes históricos, situa o momento político anterior ao golpe. No segundo, o processo contraditório de aprender a calar e o resistir, trabalhamos os conceitos de educação e de silêncio - a pedagogia do silêncio e as categorias: coersão e resistência. Com as falas do silêncio, registra-se o exílio como sinônimo de resistência; a solidariedade, expressão de resistência; as perdas sociais dos anos de silêncio e as perdas individuais. O terceiro capítulo, as estratégias de organização do estado sem direitos. Enfoca, o período posterior ao golpe de 1964 (até 1966). O quarto, as vozes horizontais se levantam. O novo golpe de dezembro de 1968, identifica os principais acontecimentos políticos de 1964 até 1968. |