Abstract:
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A pesquisa identifica fatores que influenciam no bem-estar na velhice. Com bases em entrevistas feitas com 14 velhos asilados, 14 velhos que vivem com a família e funcionários do asilo. A pesquisa analisa dados quantitativos e os discursos quanto à implicações de condições de saúde, situação econômica, laços sociais, e representações simbólicas. Notou-se que os velhos asilados se julgam menos felizes que os outros. Patrimônio e renda, trabalhar ainda ou não, não estavam correlacionados com bem-estar mas sim a segurança. Quanto à alimentação, moradia e manutençào mínima de saúde, a sensação de utilidade está relacionada à solidariedade e participação social e não ao trabalho. No asilo a mistura de pessoas causava mal-estar e fofoca. As mulheres encaravam a velhice como a perda da beleza enquanto os homens como perda da força de trabalho. As mulheres mais felizes tinham mais atividade sexual. O aspecto mais relacionado ao mal estar foi problemas de locomoção. A pesquisa leva a questionar colocações de outros autores quanto à necessidade de atividade na velhice, à necessidade de privacidade e a igual necessidade sexuatl para mulheres e homens velhos. As diferenças talvez se expliquem pelo fato desta pesquisa tratar de velhos pobres em um país de terceiro mundo. |