Abstract:
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A presente dissertação analisa a obra Os vivos e os mortos, de W. Rio Apa, procurando relacionar visão de mundo e linguagem, sob a perspectiva da teoria de Bakhtin. Com esse objetivo, levanta a construção do espaço, do tempo, do homem e da natureza, como imagens literariamente construídas segundo uma cosmovisão unitária e centralizadora. Em seguida, analisa os processos de conciliação, operados na linguagem do narrador com a função de evitar o surgimento de pontos de vista ideologicamente constrastantes ou desagregadores da unidade postulada. O capítulo seguinte trata das formas composicionais - léxico, sintaxe e elemento poético - e de sua adequação à visão de mundo da obra. Finalmente, descreve-se o elemento épico como forma arquitetônica da narrativa, revendo-se a estratégica composicional do texto para torná-la convincente em meio à descentralização e à estratificação ideológica do mundo contemporâneo. |