Abstract:
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As mudanças introduzidas na administração pública, a partir da década de 70, foram influenciadas pela Nova Gestão Pública, caracterizada pela ênfase no mercado, controlo da gestão financeira e recurso a instrumentos de gestão do sector privado. O novo modelo, denominado reforma gestionária, que, inicialmente penetrou nas actividades produtivas, atingiu de forma gradual diversos sectores de intervenção do Estado chegando, mais recentemente, as universidades. Tendo em vista a natureza das actividades pertinentes as instituições de ensino superior, o presente artigo tem por objectivo analisar as teorias que sustentam a reforma gestionária, apontando alguns desafios que esses modelos apresentam quando aplicados na organização e gestão das universidades. Os dados foram obtidos a partir de fontes secundárias e referem-se ao contexto das políticas da educação superior nos países ocidentais e América latina. Os resultados evidenciaram que a pressão no alcance das metas, desconsiderando as especificidades das instituições de ensino trouxeram prejuízos a pesquisa e ao ensino. Conclui-se que os novos modelos de gestão necessitam de acompanhamento e discussão para uma melhor adequação às Universidades. |