Abstract:
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Os microminerais, ou elementos traço, possuem papéis de forma direta ou indireta no metabolismo dos animais. Estudos na nutrição mineral envolvendo peixes são pouco numerosos e limitados. Parte disso se deve à dificuldade de se estimar as exigências ótimas para as diferentes espécies, devido às diferenças fisiológicas que podem variar a disponibilidade das fontes empregadas. Além disso, há a habilidade dos peixes absorverem microminerais dissolvidos na água através das brânquias e tecido epitelial, quando necessário. Com o aumento da utilização de ingredientes vegetais protéicos para substituir a farinha de peixe, as exigências dos elementos-traço, que antes foram estimadas, tendem a aumentar devido a fatores antinutricionais que podem influenciar na absorção dos microminerais. Estudos mostraram que a utilização de alguns minerais orgânicos, suplementados na ração, possibilitaram uma maior biodisponibilidade resultando em um melhor aproveitamento do peixe e diminuindo a quantidade exigida pelo animal. Assim, há indícios que o emprego de suplementos de minerais orgânicos na ração pode mitigar impactos ambientais. Tais impactos foram relatados pelo enriquecimento mineral nos sedimentos, provindos da lixiviação de ração e dos micronutrientes não aproveitados nas fezes dos animais. Nessa revisão serão abordados os principais microminerais na dieta de peixes: cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), selênio (Se) e zinco (Zn), e a suas implicações. |