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Se o elemento “onírico” pode ser considerado recorrente na obra de Walter Benjamin, o longo e atribulado processo de redação do Trabalho das passagens (1927-1940) aponta para uma verdadeira guinada no tratamento conferido a ele em seus escritos. Influenciado pelos estudos marxistas, o autor esboça a tese da modernidade como espaço- tempo onírico, propondo a caracterização do capitalismo como “sono povoado de sonhos”. Polêmicas, suas idéias encontram uma dura recepção por parte do Instituto de Pesquisa Social – o que acaba levando o então pesquisador-bolsista a modificá-las, e até suprimi-las. Compreender os motivos e as implicações subjacentes às divergências, tanto teóricas, quanto políticas, entre Adorno, Horkheimer e Benjamin se torna, portanto, crítico para uma reavaliação da dimensão histórica do “sonho coletivo”, particularmente no projeto das galerias. |
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