Abstract:
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Coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) do amido do farelo de trigo, farelo de mandioca, milho moído e quirera de arroz foram comparados entre jundiá e tilápia-do-Nilo. Independente da fonte, tilápia apresentou maior CDA que jundiá, provavelmente devido a seu longo intestino e não à maior atividade de carboidrases, já que amilase e maltase do jundiá foram mais altas. Fontes com maior teor de amido (milho e arroz) resultaram em menor CDA de amido para jundiá. Digestibilidade do amido para jundiá ocorreu como resposta adaptativa às fontes, com variação da maltase, mas não da amilase. Foram avaliados desempenho, intermediários metabólicos no fígado, sangue e músculo do jundiá alimentados com níveis crescentes de amido (0, 60, 120, 180, 240, 300 g kg-1). Peixes alimentados com 300 g kg-1 de amido por 71 dias apresentaram menor acúmulo de gordura e maior retenção proteica e energética e, por 20 dias, acúmulo de ácidos graxos livres e triacilgliceróis no fígado, o que pode levar à esteatose. Digestibilidade de dietas com 0, 120 e 300 g kg-1 de amido foi avaliada e a dieta 120 g kg-1 resultou nos melhores CDAs de energia e matéria seca. Confirma-se o uso limitado de carboidratos pelo jundiá quando comparado a um onívoro típico como a tilápia e sugere-se inclusão de 60 a 120 g kg-1 de amido para o crescimento do jundiá, evitando sobrecarga metabólica por excesso de carboidratos. |