Viabilidade econômica da produção de sementes diplóides de ostras do pacífico, Crassostrea gigas (THUNBERG, 1795), no sul do Brasil

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Viabilidade econômica da produção de sementes diplóides de ostras do pacífico, Crassostrea gigas (THUNBERG, 1795), no sul do Brasil

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Title: Viabilidade econômica da produção de sementes diplóides de ostras do pacífico, Crassostrea gigas (THUNBERG, 1795), no sul do Brasil
Author: Blacher, Cláudio
Abstract: Para obter dados que permitissem o dimensionamento e planejamento de um laboratório, compatível com o mercado atual, foi analisado o histórico (2004-2010) do mercado de sementes diplóides de ostras do Pacífico do Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o processo de produção utilizado no mesmo. A partir desta avaliação preliminar foram projetados três laboratórios, com capacidades de produção de 50, 100 e 150 milhões de sementes por safra, e realizadas análises de viabilidade econômico-financeiras com base nas técnicas de valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR), tendo como condicionantes preços pré-fixados, do milheiro de sementes, de R$ 12,00, R$ 18,00 e R$ 24,00. Para cada laboratório, foram calculados os custos de capital e operacional para determinar quais os pesos relativos que incidem sobre cada um, bem como, os preços mínimos da semente de ostra que determinam a recuperação de todo o investimento (custo de capital e custo operacional), como forma de verificar o impacto da economia de escala sobre a atividade. Foi possível concluir a partir destas análises, que o mercado atual de sementes diplóides de ostras do Pacífico (de cerca de 45 milhões de sementes por safra) é pequeno e que a entrada da iniciativa privada nele representará uma alta no preço da semente. Um laboratório com capacidade para produzir esta quantidade de sementes teria que praticar um preço mínimo de R$ 17,00 para recuperar o investimento realizado. Com a demanda subindo para 90 milhões ou 135 milhões de sementes, este preço seria reduzido para R$ 10,80, ou R$ 7,80, respectivamente, devido à economia de escala. Ao se excluir o valor do terreno do custo de capital, esses preços mínimos diminuem, passando a ser de R$ 14,10, R$ 8,60 e R$ 6,30, respectivamente, demonstrando a influência da redução do volume de investimento inicial sobre a viabilidade do empreendimento. Um laboratório com capacidade de produção de 100 milhões de sementes, próxima a do LMM (mas operando para o mercado atual de apenas 45 milhões) teria que praticar um preço superior a R$ 18,00. Com este preço, obteve-se um VPL de -R$ 745.031,00 e uma TIR de apenas 1,85% ao ano, o que levaria a rejeição do empreendimento. Além disso, essa alternativa geraria um desperdício em custos variáveis da ordem de R$ 371.159,31. Com o preço de R$ 24,00, este laboratório demonstra viabilidade, apresentando um VPL de R$ 673.013,00 e uma TIR de 18,08%. Com relação ao investimento necessário, os custos mais relevantes dizem respeito à compra da área e de equipamentos, representando quase 70% do total. Entre os custos operacionais, a mão de obra direta e a energia consumida foram os itens mais representativos. A mão de obra, por ter sido classificada como um custo fixo teve a sua participação relativa reduzida à medida que aumentava o tamanho do laboratório e o preço da semente, tendo apresentado valores entre 42,28% e 20,62%. Para um mesmo preço de semente, esse item teve uma amplitude média de variação, entre um laboratório pequeno e um grande, de 16%. A energia apresentou um comportamento mais sensível à economia de escala, porém com uma baixa amplitude de variação, com uma média de 2%, entre o menor e o maior laboratório, operando ao mesmo preço de semente. Dependendo do tamanho do laboratório analisado e do preço fixado para o milheiro da semente, a energia teve uma participação máxima de 30,14%, para um laboratório com capacidade para 150 milhões de semente e preço a R$ 12,00 e 22,51%, também, para um laboratório deste porte, porém com a semente a R$ 24,00. Em termos monetários, entretanto, a diferença de consumo de energia entre o maior e o menor laboratório foi bem representativo e da ordem de R$ 933.465,00. Por meio deste estudo foi possível observar que duas alternativas a economia de escala surgem para redução do custo de produção de sementes de ostras e, consequentemente, de seu preço: mudanças tecnológicas que imprimam novos e significativos patamares de eficiência ao processo produtivo e/ou a diversificação de produtos, através da produção de espécies nativas potenciais, como o mexilhão (Perna perna) e a vieira (Nodipecten nodosus).
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Aquicultura
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96226
Date: 2012


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