Abstract:
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Este trabalho propõe identificar as características do investimento de pai e mãe no cuidado com os filhos e verificar se o relacionamento conjugal interfere ou não no engajamento parental. Participaram da pesquisa 50 pais e 50 mães de crianças de quatro a seis anos, de Florianópolis e do Vale do Itajaí (SC), que estavam morando juntos há pelo menos seis meses. Utilizou-se os questionários: 1) Sociodemográfico; 2) Engajamento Paterno; 3) Relacionamento Conjugal. Para comparar as respostas das mães e dos pais foi utilizado o teste Mann Whitney. Também foram feitas correlações de Spearman entre os dados. Constatou-se que, embora pais (homens) tenham conseguido escores elevados na maioria das dimensões, as mães se engajam significativamente mais do que o pai no investimento aos filhos em seis das sete dimensões do instrumento, tais como: suporte emocional, abertura para o mundo; disciplina; cuidados básicos; evocações e tarefas de casa. Os escores mais altos para o pai e para a mãe estão relacionados com a dimensão de suporte emocional. O relacionamento conjugal interfere somente no envolvimento do pai; quanto mais satisfeito com o relacionamento mais o pai realiza jogos físicos e cuidados básicos com os filhos. Quanto mais alto o rendimento da mãe, menos ela se engaja e quanto maior a escolaridade, menos ela realiza cuidados básicos. O engajamento paterno não apresenta relações com as variáveis sociodemográficas. Conclui-se que embora o pai esteja participando no cuidado com os filhos, a mãe se destaca, realizando mais atividades do que ele de um modo geral e ainda se diferencia do pai de acordo com dimensões específicas. |