Alteração vocal auto-referida em professores do ensino fundamental da rede municipal de Florianópolis, SC: prevalência e fatores associados ao trabalho

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Alteração vocal auto-referida em professores do ensino fundamental da rede municipal de Florianópolis, SC: prevalência e fatores associados ao trabalho

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Título: Alteração vocal auto-referida em professores do ensino fundamental da rede municipal de Florianópolis, SC: prevalência e fatores associados ao trabalho
Autor: Marçal, Cláudia Cossentino Bruck
Resumo: Os professores fazem parte de uma categoria profissional que necessita da voz como instrumento de trabalho. Para isso, é necessária uma voz de qualidade adequada e com boa projeção. Pela atividade exercida, os professores são considerados os profissionais da voz que apresentam um maior risco de desenvolverem alterações vocais. O presente estudo foi realizado com o objetivo de estimar a prevalência de alteração vocal auto-referida e fatores associados ao trabalho em professores do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Florianópolis, SC, Brasil. Foi realizado um estudo transversal, no período de maio a julho de 2009, no qual foi investigada uma amostra de 393 professores por meio de um questionário autoaplicado que inquiria sobre questões socioeconômicas e demográficas, relativas à organização do trabalho, ao ambiente e à saúde. O desfecho investigado foi a presença de alteração vocal auto-referida, obtida mediante a pergunta: "Você apresenta alguma alteração vocal?" Foi realizada análise multivariável por meio de regressão de Poisson e calculadas as razões de prevalência, seus respectivos intervalos de confiança de 95% e valores de p (teste de Wald). A prevalência de alteração vocal foi de 47,6% [IC 95% 42,6-52,5]. No modelo final, ajustado, permaneceram associadas a uma maior prevalência de alteração de voz o sexo feminino (RP 2,0 [IC 95% 1,1-3,6]), presença de rinite/sinusite (RP 1,4 [IC 95% 1,1-1,8]) e presença de faringite (RP 1,7 [1,2-2,4]). Apresentaram-se no limite da significância estatística renda per capita inferior a R$ 1.200,00, presença frequente de pó de giz na sala de aula, desgaste usual na relação professor-aluno e hidratação durante as aulas. Pode-se concluir que a prevalência de alteração vocal afeta metade dos professores estudados. Além dos aspectos da organização do trabalho e ambiente físico, evidenciou-se a importância dos fatores associados ao ambiente psicossocial. Esses resultados devem ser discutidos no âmbito da saúde coletiva, com intuito de direcionar o planejamento de ações de promoção e prevenção da saúde vocal às necessidades dos professores.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Florianópolis, 2009.
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92373
Data: 2012-10-24


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