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Neste trabalho analisamos alguns romances publicados pela escritora portuguesa Maria Velho da Costa entre os anos de 1960 e 2000. Esse longo período histórico compreende, em Portugal, grandes mudanças políticas: a morte do ditador Salazar e a assunção do poder por parte de Marcello Caetano, o final da ditadura, com a Revolução de 25 de abril de 1974, e o início de um processo de democratização do país, bem como da visibilidade de um discurso feminista mais concreto e da consolidação do movimento feminista português. Os textos de Maria Velho da Costa selecionados para esta análise obedecem à seguinte seqüência: Novas Cartas Portuguesas (escrito em co-autoria com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta); Maina Mendes; Novas Cartas Portuguesas, e, finalmente, Irene ou o Contrato Social.. Através da articulação dos diálogos que esses romances mantêm com a história portuguesa, buscou-se compreender como Maria Velho da Costa procurou discutir certos comportamentos sociais já internalizados, que vinham, há séculos, sugerindo um espaço secundário para a mulher em diversos âmbitos sociais. Assim, o universo textual de Maria Velho da Costa caracteriza-se, dentro do período e dos romances analisados, como um espaço privilegiado de representação, interpretação e articulação da experiência social feminina. |
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