Abstract:
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A política expansionista dos EUA impera quase sem impedimentos quando seus estadistas atingem a coesão interna entre a economia nacional e a política externa. A adesão mundial às normas de comportamento ditadas pelas instituições internacionais de segurança, antiproliferação armamentista e assemelhadas permite, a essa quase-ausência de impedimentos, a aparência de um movimento multilateral. Através desse suposto consenso global, o governo norte-americano consegue impor sua agenda política aos demais países, sem maiores contestações. Assim, a repressão de inimigos dos EUA dá-se por um esforço comum, e em nome do bem coletivo, enquanto o consenso mundial remove o aspecto imperialista da política externa assim constituída e coonestada. Instituições internacionais, como as Nações Unidas e a Agência Internacional de Energia Atômica, servem a valores representados principalmente pelos EUA, mas uma desobediência a essas organizações é interpretada como uma rejeição ao sistema de segurança e estabilidade mundial. Assim, fica implicitamente autorizado o uso da força contra a soberania do infrator em alegada defesa da democracia e da paz. No momento em que países estrategicamente relevantes, como o Irã, tendo aderido às instituições, desviam-se das regras impostas, expõe-se a um risco ilimitado. De outro lado, quando o expansionismo norte-americano deixa de submeter-se a qualquer limite, não apenas a sua ideologia política se fragmenta como também ocorre o abandono mundial dessa fonte de domínio. Esta dissertação visa analisar as instituições internacionais que apóiam a ideologia expansionista dos EUA e a rejeição sistemática do Irã às imposições norte-americanas. |