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Este trabalho demonstrou que a contração induzida pela BK na íris isolada de porco é mediada pelos receptores B2, com liberação neuronal de ACh, noradrenalina, neuropeptídeos e derivados do ácido araquidônico, através das vias das COX-1, COX-2, LOX e TXA2. Além disso, demonstrou o envolvimento do influxo de cálcio do meio extracelular, através dos canais de cálcio do tipo L, N e P, bem como a possível participação das PKA e PKC mediando as ações da BK na íris. Os estudos também mostram que os receptores B1 não são constitutivos nessa preparação, no entanto, após 4 h de incubação com LPS, ocorre a ativação dos receptores B1, por meio de mecanismos dependentes da síntese protéica e de fatores de transcrição, como o NF-kB. A via das MAPKs, especialmente MEK-1, p38-MAPK e fosfatidilinositol 3-quinase, além de estarem envolvidas na indução dos receptores B1, também participam dos mecanismos que regulam as ações do receptor B1 após a indução com LPS. Além disso, confirma-se a participação das MEK-1 e p38-MAPK por meio dos estudos de biologia molecular. Por outro lado, demonstra-se que os neuropeptídeos como o NK1, NK2, NK3 e CGRP não participam das respostas contráteis induzidas pela des-Arg9-BK nessa preparação. Todavia, apresentam dependência significativa do cálcio extracelular, através dos canais de cálcio do tipo L e não do tipo N. Os resultados contribuem para melhor compreensão de alguns dos mecanismos envolvidos na regulação dos receptores de cininas B1 e B2 na íris isolada de porco. Além disso, geram subsídios para o melhor entendimento dos processos inflamatórios e dolorosos, como também para o desenvolvimento futuro de terapias antiinflamatórias e analgésicas. |
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