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Foi estudada a ocorrência de enteroparasitoses em manipuladores de alimentos na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, de março de 2002 à setembro de 2003. Para tal, foram analisadas 238 amostras oriundas de duas populações de indivíduos: os que trabalhavam em uma empresa de alimentos (Fast-food - "refeições rápidas" - grupo "A") e trabalhadores de feiras livres e "sacolões" (grupo "B"). Informações epidemiológicas e sócio-econômicas também foram coletadas por meio de um questionário. As técnicas parasitológicas empregadas nesta pesquisa foram: centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco a 33%, d = 1,180 g/mL (método de Faust), centrífugo-flutuação em solução de sulfato de zinco a 35%, d = 1,270 g/mL (método de Faust mofidicado); Lutz (Hoffman, Pons e Janer), Baermann e o método da fita adesiva ou método de Graham. As taxas de infecção do grupo "A" foram de 42,85%, enquanto que do grupo "B" foram de 47,06%. Os protozoários mais freqüentes foram Endolimax nana (21,9%), Entamoeba coli (14,7%), Blastocystis hominis (14,3%) e Giardia lamblia (6,3%), sendo que o hábito de ingerir hortaliças e frutas foram os fatores mais associados ao alto grau de parasitismo. Outros fatores sócio-econômicos, como distribuição de renda, escolaridade e categorias ocupacionais, foram importantes dentro deste contexto. Em relação às técnicas empregadas, o método de Faust modificado proposto, foi o que apresentou maior sensibilidade na detecção de enteroparasitas. Pelos resultados obtidos, conclui-se que há necessidade de uma vigilância epidemiológica mais constante para todos os manipuladores de alimentos, incluindo o tratamento específico, o treinamento sobre o controle de higiene de alimentos e higiene pessoal, bem como o exame parasitológico periódico com técnicas mais sensíveis para um diagnóstico mais preciso. |
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