Abstract:
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Introdução: A limpeza de feridas é um assunto controverso na literatura. A maioria dos autores concorda que o polivinil pirrolidona iodo (PVP-I) reduz a infecção das feridas e também causa retardo na cicatrização. Não se conseguiu levantar estudo histológico experimental comparativo entre a clorexidina, o PVP-I e a solução salina isotônica que mostrasse as reações teciduais que o seu uso ocasiona. Objetivo: Avaliar a cicatrização após a utilização de PVP-I, clorexidina ou solução salina isotônica na limpeza de feridas infectadas, no 7° dia pós-operatório, em ratos Wistar. Métodos: Utilizou-se 32 ratos distribuídos em 4 grupos. Todos os animais tiveram as feridas operatórias produzidas em sua região dorsal, infectadas com um inóculo bacteriano padrão, e suturadas. Grupo controle (A): feridas operatórias suturadas sem a limpeza com qualquer substância. Grupo solução salina (B): feridas operatórias lavadas com solução salina. Grupo clorexidina (C): feridas operatórias lavadas com clorexidina. Grupo PVP-I (D): feridas operatórias lavadas com PVP-I. Após 7 dias foi realizada a avaliação histopatológica da pele. Resultados: O grupo C apresentou um menor número de complicações macroscópicas e de abscessos no pós-operatório. O grupo D apresentou maior epitelização das feridas. Em todos os cortes histológicos observou-se a presença de edema, proliferação e congestão vascular. Os grupos A e D mostraram a presença de um infiltrado neutrofílico discreto, macrofágico e linfocítico moderados. O grupo B, um infiltrado neutrofílico, macrofágico e linfocítico severos. O grupo C, um infiltrado de neutrófilos, macrófagos e linfócitos em moderada quantidade. Conclusão: O grupo C apresentou menos complicações macroscópicas e abscessos, com melhor proteção contra infecção. O grupo D foi o que apresentou maior epitelização, e o infiltrado inflamatório semelhante com o grupo que não recebeu nenhum tratamento, interferindo menos no processo inflamatório. |