Uma reflexão sobre as possibilidades de leitores críticos dos meios de comunicação de massa: tanto visuais quanto textuais

Abstract

A presente dissertação constitui-se de um estudo sobre as possibilidades da escola em formar leitores críticos. Por leitor crítico, entende-se o indivíduo capaz de fazer uma leitura do mundo que o cerca, de seu tempo, de sua história contextualizada. O leitor crítico é aquele capaz de reler a mensagem, alcançar o intertexto, a metalinguagem. A formação de leitores críticos, permite vislumbrar uma sociedade com possibilidades concretas de libertar-se de ideologias de dominação, do subjugo, da exploração, da expropriação. Analisados sob a perspectiva do método em Marx, foi possível demonstrar a importância de se conhecer a dimensão social e ideológica da comunicação, o poder que esta detém de agregar, bem como de segregar pequenas e grandes parcelas da sociedade. É nesta perspectiva que se tem definido o papel da escola, enquanto aparelho ideológico contraditório, que pode instrumentalizar para vencer as barreiras da dominação, levando o indivíduo a libertar-se do poder da comunicação manipulada, ou a segregá-lo pela via da alienação. Ao analisar as respostas da pesquisa de campo, pretendeu-se estabelecer metas para a certeza de que a leitura é o processo de passar da consciência fragmentada para uma visão crítica, englobadora. É, portanto, passar da emoção para o conceito.