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É fato bastante conhecido por todos que o escoamento da produção brasileira, o abastecimento das cidades, o transporte de matérias-primas, etc, estão calcados na modalidade rodoviária. Independentemente do mérito da questão modal, sabe-se que o Brasil é importador de petróleo, grande consumidor de óleo diesel e que a operação das empresas transportadoras está longe de atingir uma condição ótima ou pelo menos boa, em termos de eficiência operacional. Esta situação atinge a todos, direta ou indiretamente, pois implica aumento no preço final dos produtos, danificação da malha rodoviária, etc. É fundamental portanto, a busca da racionalidade deste sistema. Por outro lado, ao contrário do que ocorre com o transporte rodoviário de cargas fracionadas, o de cargas completas tem sido pouco estudado e apenas alguns autores, como Powell, Hughes e Sheffi tem investigado e publicado sobre o assunto. Tal situação pode ser decorrência, entre outras razões, da maior presença das cargas fracionadas no modo rodoviário, em países onde pesquisa-se mais sobre o assunto, como é o caso dos Estados Unidos. Porém, em nações como o Brasil, o transporte de cargas completas é bastante acentuado e o fato é que não se dispõe de eficientes métodos para o planejamento e programação destes serviços. O presente trabalho teve como principal objetivo desenvolver um sistema que permita auxiliar no planejamento e na racionalização dos serviços de fretes e na programação de frotas, para empresas que operam no transporte rodoviário de cargas completas. Este sistema é constituído por quatro componentes, conforme descritos a seguir: *sistema de programação periódica da frota e dos serviços de terceiros; *sistema de previsão da receita periódica dos serviços de transporte; *sistema de previsão de custos de operação da frota e referentes aos serviços de terceiros; *sistema de apoio a decisão sobre fretes e frotas. Para construí-lo, a nível de protótipo, foram desenvolvidos algoritmos, formulaçõe e heurísticas adequadas. Fez-se ainda o uso de eficientes técnicas de roteamento de veículos, minimização de custos em redes viárias (de modo a otimizar o uso de caminhões vazios), alocação de veículos e de análises de sensibilidade. |
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