Abstract:
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O presente trabalho aborda a expansão da educação superior sob a modalidade de Educação Tecnológica no Brasil durante o governo Lula. Tal expansão se realiza mediante a oferta de Cursos Superiores de Tecnologia (CST), estes considerados como possibilidade mais adequada de curso de nível superior público para a base da sociedade brasileira a partir do compromisso com o propalado “mercado de trabalho”. A nosso ver, nem a formação cogitada, nem a suposta inserção privilegiada no “mercado de trabalho” a partir daquela possibilitam a passagem da base social em questão para além da atual sociabilidade (ontologicamente unilateral) do capital. Para fundamentar esse entendimento, recorremos aos arquivos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), sobre a avaliação da educação superior brasileira, assim como aos documentos do Ministério da Educação (MEC) sobre a temática em discussão e, ainda, aos estudos desenvolvidos por pesquisadores da área de educação. Pretendemos, assim, demonstrar que a expansão da educação superior na modalidade de Educação Tecnológica não viabiliza a passagem da base da sociedade brasileira para uma condição que a coloque como sujeito na atual sociabilidade do capital. Daí falarmos em rendição ao mercado. |