A tentativa de compreensão da hereditariedade dos símbolos evocados em discursos de ódio em relação ao dilema da liberdade de expressão

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A tentativa de compreensão da hereditariedade dos símbolos evocados em discursos de ódio em relação ao dilema da liberdade de expressão

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Title: A tentativa de compreensão da hereditariedade dos símbolos evocados em discursos de ódio em relação ao dilema da liberdade de expressão
Author: Silva, Vinícius Andrade
Abstract: Vídeo de apresentação do PIBICA pesquisa teve como objetivo investigar a hereditariedade de símbolos históricos evocados em discursos de ódio e sua relação com o dilema da liberdade de expressão. O trabalho foi estruturado a partir das contribuições de John Stuart Mill, John Locke, Jürgen Habermas e Pierre Bourdieu, permitindo compreender tanto a dimensão filosófica da liberdade quanto os mecanismos sociais que perpetuam tais símbolos. Em Mill, destacou-se a defesa radical da liberdade de expressão, ainda que essa abertura permita a circulação de opiniões nocivas. Sua argumentação expõe a tensão entre a necessidade de debate livre e os riscos de legitimar discursos de ódio. Locke, ao tratar da tolerância religiosa, apontou a separação entre poder civil e esfera espiritual, reforçando que a liberdade não pode ser cerceada por dogmas, embora sua teoria também abra brechas para exclusões simbólicas. Habermas trouxe um contraponto ao propor o agir comunicativo como base para a vida democrática, defendendo o diálogo racional contra formas patológicas de racionalidade que transformam símbolos em instrumentos de opressão. Já Bourdieu demonstrou como os símbolos operam como capital simbólico, sustentando estruturas de poder invisíveis e legitimando desigualdades por meio de aparelhos de produção simbólica, como a religião, o Estado e a mídia. A análise evidenciou que símbolos como “Deus, Pátria e Família” ou mesmo a suástica nazista persistem não apenas por sua carga histórica, mas porque são continuamente ressignificados por grupos que buscam coesão e identidade, mesmo em detrimento de sua própria existência. Esses elementos revelam a força da racionalidade patológica e da violência simbólica, naturalizando práticas discriminatórias. O resultado principal foi a constatação de que a permanência desses símbolos não se explica apenas por sua origem, mas pela forma como são reproduzidos socialmente, reforçando hierarquias e exclusões. O estudo contribui, assim, para o debate contemporâneo sobre os limites da liberdade de expressão e o papel da crítica filosófica e sociológica na desnaturalização de narrativas hegemônicas. Além da análise teórica, a experiência proporcionou amadurecimento acadêmico, inserção em grupos de pesquisa e a possibilidade de compartilhar resultados em conferências e artigos. O trabalho reforça a necessidade de uma educação crítica capaz de enfrentar discursos de ódio e promover uma convivência social mais justa e democrática.
Description: PIBIC - Universidade Federal de Santa Catarina - CFH - Filosofia
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/268367
Date: 2024-08-07


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