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O trabalho investiga o papel das escolas de samba como instrumentos de
resistência cultural, racial e social frente à segregação socioespacial em
Florianópolis, com foco na Embaixada Copa Lord e na comunidade do Monte Serrat.
A pesquisa destaca a relevância desses espaços na promoção da socialização,
aprendizado e fortalecimento das identidades negras, especialmente em contextos
urbanos marcados por desigualdades e exclusões socioespaciais.
Metodologicamente, utiliza-se uma abordagem qualitativa, baseada em entrevistas
semiestruturadas com membros da escola e moradores do Monte Serrat, além de
análise documental e observação participante, realizada durante atividades e
ensaios da escola. Os resultados indicam que as escolas de samba, em especial a
Copa Lord, desempenham papel central na resistência às políticas de exclusão e no
fortalecimento dos territórios negros, reafirmando o protagonismo cultural e político
dessas comunidades. O trabalho discute também como o processo de segregação
forçou deslocamentos e conformou novos territórios, transformando o carnaval em
um espaço de reivindicação, pertencimento e engajamento coletivo, reforçando
laços e identidade em meio às adversidades enfrentadas pelas comunidades
periféricas. |
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