Abstract:
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Introdução: A hospitalização e o processo cirúrgico são frequentemente associados a sentimentos de medo, insegurança e ansiedade, especialmente em adolescentes. A ansiedade pré-operatória pode comprometer a cooperação do paciente com a equipe multiprofissional, destacando a importância da atuação da enfermagem na redução desses sentimentos. Este estudo investiga as estratégias de enfermagem para minimizar a ansiedade de adolescentes no pré-operatório, com foco em intervenções não farmacológicas e no atendimento humanizado. Objetivo: Identificar, na literatura científica, os cuidados de enfermagem realizados para a minimização da ansiedade de adolescentes no período pré-operatório. Método: Revisão integrativa baseada nas etapas de Mendes, Silveira e Galvão (2008). A busca foi realizada em nove bases de dados (PubMed, SciELO e Web of Science) utilizando descritores como "adolescentes", "ansiedade", "pré-operatório" e "cuidados de enfermagem". Foram incluídos estudos publicados entre 2014 e 2024, em português, espanhol ou inglês, excluindo-se artigos duplicados ou irrelevantes. A coleta de dados ocorreu em dezembro de 2024. Resultados: Foram encontrados 503 estudos, 248 foram excluídos por duplicidade e 217 por título e resumo. 37 artigos foram analisados pelo texto integral destes, 31 foram excluídos por conteúdo não pertinente e ao final foram selecionados 6 estudos. Publicados entre 2021 e 2024, que destacaram estratégias não farmacológicas como tecnologias educacionais (vídeos, jogos interativos), comunicação efetiva, brincadeira terapêutica, musicoterapia e abordagens centradas na família. A presença dos pais e a personalização das intervenções conforme a idade e necessidades do adolescente foram fatores-chave para a redução da ansiedade. No entanto, desafios como a falta de capacitação dos profissionais, sobrecarga de trabalho e ausência de protocolos padronizados limitam a implementação dessas práticas. Considerações finais: As intervenções de enfermagem, especialmente as não farmacológicas, são eficazes na redução da ansiedade pré-operatória em adolescentes. Contudo, é necessário investir em capacitação profissional, protocolos padronizados e pesquisas futuras que abordem as especificidades dos adolescentes em fases tardias. Este estudo reforça a importância de uma assistência humanizada e centrada no paciente e na família, contribuindo para a melhoria da experiência hospitalar e dos resultados clínicos. |