Autoetnografias: reflexões sobre a cisnormatividade como dispositivo de transcolonialidade de gênero

Abstract

A partir da crise da antropologia do norte global ou da crise do sujeito da modernidade, percebemos a necessidade de novos locus de enunciação. Ao usar a chave epistêmica do conceito de cisnormatividade, transcolonialidade de gênero e da minha situacionalidade em campo, proponho desde a autoantropologia ou autoetnografia, uma reflexão sobre meu período de doutoramento, observando diversos contextos que se entrelaçam. A partir do termo políticas trans, proponho um exercício reflexivo que marca uma virada epistêmica de uma análise das políticas institucionais para as políticas de representação e sua crítica. Tais questões foram elaboradas a partir de insights, sobre posicionalidades, em que almejo discutir questões como a dicotomia sujeito/objeto, tensionando a própria noção de política de identidade, assim como o contexto político em que o avanço do conservadorismo torna- se uma pauta importante de ser discutida. Do mesmo modo como outros debates que emergem de posições conflitivas dentro do campo de estudos de gênero e os temas que o atravessam como, as transmasculinidades, transfeminismo e outros.

Abstract: From the crisis of north antrhopoly or the crisis of subject of the modernity, we perhaps the necessity of new locus of enunciation. By use the epistemic key of cisnormativity, gender transcoloniality and my field situacionality, I propuse from the autoantropology or autoetnography, a reflection about on my doctoral period, observing diffrents contexts that were interwined. Using the term of trans politicies, I propos a refletion exercice that marks an epistec turn from an analisys of institucional policies to representation policies and their critique. Such questions were elaborated based on insights, about positionalities, in which, in addition to discussing issues such as the subject/object dichotomy, tensioning the very notion of identity politics, as well as the political context in which the asvancement of conservatism becomes an agenda important to be discussed. In the same way as other debates that emrge from conflicting positions within the field of gender studies and we have themes that across them, as transmasculinities, transfeminism and others.