| dc.description.abstract |
Trata-se de um estudo descritivo, transversal e retrospectivo com abordagem quantitativa. O objetivo é caracterizar e analisar os óbitos neonatais e analisar a tendência de mortalidade. Os dados se referem aos óbitos ocorridos entre 2021 e 2023 em uma maternidade de ensino no sul do Brasil. Com base em registros de óbitos e dados de nascimentos, obtidos através do banco de dados da maternidade, foi calculado o coeficiente de mortalidade neonatal de 6,8%, sendo 5,0% neonatal precoce e 1,8% tardio. Ocorreram 38 óbitos no período analisado e entre as características dos casos, destacam-se: 55,26% dos neonatos tinham peso inferior a 1.500 gramas e a maioria apresentou Apgar <7 no primeiro minuto. A prematuridade e as malformações congênitas foram causas predominantes de mortalidade, e a cesariana foi a principal via de nascimento nos casos analisados. O estudo também revelou registros escassos quanto à indicação de cuidados paliativos neonatais, além da baixa adesão à investigação por meio de necropsia, dificultando uma análise mais precisa em alguns casos. Houve maior proporção de óbitos neonatais entre mães com comorbidades, como síndromes hipertensivas. Os achados indicam que a instituição estudada ainda apresenta desafios para reduzir óbitos evitáveis. Pondera-se que, por tratar-se de maternidade referência estadual em medicina fetal, as taxas de mortalidade neonatal refletem, em porcentagem significativa, as causas não evitáveis, em especial, aquelas relacionadas com cromossomopatias. A análise poderá subsidiar gestores de saúde para aprimorar a assistência perinatal, contribuindo para a formulação de estratégias de melhoria na saúde materna e infantil. |
pt_BR |
