Title: | Noções de risco e prevenção no contexto da profilaxia pré-exposição ao HIV |
Author: | Oliveira, Márcia de |
Abstract: |
Esta pesquisa, realizada entre 2022 e 2024, teve como objetivo analisar noções de risco e prevenção em homens que fazem sexo com outros homens (HSH) em uso de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), tanto sob a perspectiva dos usuários quanto dos profissionais de saúde. De partida foi realizada a revisão de literatura, de 2013 a 2023, para aprofundamento do tema e desvendar as questões emergentes. Como método este estudo caracteriza-se como exploratório e descritivo com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário online aplicado aos usuários, realização de grupo focal com profissionais do ambulatório PrEP em Florianópolis/SC e entrevistas individuais com os usuários. A análise dos dados foi realizada em três etapas: tabulação dos dados do formulário e análise de conteúdo, conforme descrito por Bardin, nas etapas dois e três. A pesquisa foi iniciada após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC através do parecer 6.324.279. A pesquisa teve a participação de 49 HSH na primeira etapa, a maioria acima de 25 anos e com parceiros eventuais. A maioria dos usuários (80%) estava utilizando o esquema diário da medicação. Quanto ao uso de preservativos, apenas 12,82% dos HSH com parceiro fixo e 34,78% com parceiros casuais usavam em todas as relações sexuais. Em relação ao diagnóstico de IST após o início da PrEP, a maioria não relatou nenhuma ocorrência, mas Clamídia e Gonorreia foram as mais citadas entre os que tiveram alguma. Sobre o motivo do não uso do preservativo em todas relações sexuais após início de PrEP surgiram respostas como conforto, impulsividade, prazer e confiança na PrEP, dificuldade de manter a ereção, dentre outras. O grupo focal com quatro enfermeiros destacou lacunas na conscientização sobre o uso consistente de preservativos e na prevenção de ISTs, bem como a importância da descentralização da oferta deste tipo de serviço na Atenção Primária à Saúde. As ações de prevenção devem continuar, mas não devem considerar o uso regular do preservativo como a única forma de prevenção possível contra ISTs. É essencial focar no acompanhamento regular dos usuários para diagnóstico precoce, contribuindo para interromper a cadeia de transmissão e refletindo na saúde pública, promovendo a prevenção tanto individual quanto coletiva. Abstract: This research, carried out between 2022 and 2024, aimed to analyze notions of risk and prevention in men who have sex with men (MSM) using Pre-Exposure Prophylaxis (PrEP), both from the perspective of users and health professionals. From the outset, a literature review was carried out, from 2013 to 2023, to delve deeper into the topic and uncover emerging issues. As a method, this study is characterized as exploratory and descriptive with a qualitative approach. Data was collected through an online questionnaire applied to users, a focus group with professionals from the PrEP outpatient clinic in Florianópolis/SC and individual interviews with users. Data analysis was carried out in three stages: tabulation of data from the form and content analysis, as described by Bardin, in stages two and three. The research began after approval from the UFSC Research Ethics Committee under opinion 6.324.279. The study involved 49 MSM in the first stage, most of whom were over 25 and had casual partners. The majority of users (80%) were taking their daily medication regimen. With regard to condom use, only 12.82% of MSM with a steady partner and 34.78% with casual partners used condoms in all sexual relations. With regard to the diagnosis of STIs after starting PrEP, the majority did not report any occurrence, but Chlamydia and Gonorrhea were the most cited among those who had had one. Regarding the reason for not using condoms in all sexual relations after starting PrEP, responses included comfort, impulsiveness, pleasure and confidence in PrEP, difficulty maintaining an erection, among others. The focus group with four nurses highlighted gaps in awareness about the consistent use of condoms and the prevention of STIs, as well as the importance of decentralizing the provision of this type of service in Primary Health Care. Prevention actions should continue, but should not consider regular condom use as the only possible form of prevention against STIs. It is essential to focus on the regular monitoring of users for early diagnosis, helping to interrupt the chain of transmission and reflecting on public health, promoting both individual and collective prevention. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2024. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/261697 |
Date: | 2024 |
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PGSC0382-D.pdf | 1.239Mb |
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