Futuros em contestação: utopias pós-capitalistas entre o aceleracionismo e o Bem Viver

Abstract

Este trabalho explora as proposições políticas e filosóficas de duas cosmovisões com propostas civilizatórias pós-capitalistas, evidenciando os pontos de diálogo e divergência entre suas imagens de futuro. Apresenta-se primeiro a cosmovisão aceleracionista, ressaltando sua reapropriação da modernidade para fins revolucionários e favorabilidade ao progresso tecnológico. Em contraponto, apresenta-se em seguida o Bem Viver, suas origens em saberes tradicionais latino-americanos e críticas aos conceitos de progresso e desenvolvimento, bem como suas proposições sociobiocêntricas. O texto conclui ressaltando as tendências pós-humanistas de ambas as cosmovisões, suas divergências no tratamento da modernidade, bem como rascunhando possíveis diálogos futuros.

Este trabajo explora las proposiciones políticas y filosóficas de dos visiones del mundo con propuestas civilizacionales poscapitalistas, destacando los puntos de diálogo y divergencia entre sus imágenes del futuro. En primer lugar, se presenta la cosmovisión aceleracionista, destacando su reapropiación de la modernidad con fines revolucionarios y su favorabilidad al progreso tecnológico. En contraste, luego se presenta el Buen Vivir, sus orígenes en el conocimiento tradicional latinoamericano y la crítica a los conceptos de progreso y desarrollo, así como sus propuestas sociobiocéntricas. El texto concluye destacando las tendencias posthumanistas de ambas visiones del mundo, sus divergencias en el tratamiento de la modernidad, y esbozando posibles diálogos futuros.

This paper explores the political and philosophical propositions of two worldviews with post-capitalist civilizing proposals, highlighting the points of dialogue and divergence between their images of the future. The accelerationist worldview is presented first, emphasizing its reappropriation of modernity for revolutionary purposes and favorability of technological progress. As a counterpoint, the ideas of Buen Vivir are presented next, along with its origins in traditional Latin American knowledge and criticisms of the concepts of progress and development, as well as its sociobiocentric propositions. The text concludes by emphasizing the post-humanist tendencies of both worldviews, their divergences in their treatment of modernity, as well as outlining possible future dialogues.