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INTRODUÇÃO E OBJETIVO: O câncer de colo do útero é o terceiro mais
diagnosticado e o quarto mais mortal entre mulheres no Brasil, com variações
regionais importantes. O principal fator de risco é a infecção persistente pelo HPV,
que pode causar lesões precursoras. O exame citopatológico é fundamental para a
detecção precoce e deve ser realizado conforme as recomendações. A qualidade das
amostras coletadas é crucial para a eficácia do rastreamento, justificando o
desenvolvimento de indicadores específicos para o monitoramento. Este estudo
analisou a qualidade dos exames citopatológicos em Florianópolis e no Brasil entre
2013 e 2023, comparando resultados e verificando a conformidade com as metas
estabelecidas pelo INCA.
METODOLOGIA: A análise comparou a qualidade dos exames citopatológicos do
colo uterino em Florianópolis e no Brasil entre 2013 e 2023, utilizando dados do
SISCOLO. Foram avaliados oito indicadores de qualidade definidos pela Ficha
Técnica de Indicadores das Ações de Controle do Câncer de Colo do Útero. Os dados
foram comparados entre si e em relação às metas estabelecidas pelo INCA, com
cálculos de taxas, intervalos de confiança e tendências temporais.
RESULTADOS: Florianópolis apresentou melhores resultados que o Brasil nos
indicadores de proporção de amostras insatisfatórias, representatividade da ZT,
exames HSIL e liberação em até 30 dias. Porém, teve desempenho inferior nas
variáveis índice de positividade, proporção de exames ASC entre alterados e razão
de exames ASC entre SIL. Vários indicadores, tanto nacionais quanto municipais,
estão fora dos parâmetros do INCA.
CONCLUSÃO: É necessário investir em educação continuada e fortalecer o
Monitoramento Interno de Qualidade nos laboratórios, visando aprimorar o
rastreamento e reduzir a morbimortalidade do câncer de colo do útero.
Palavras-chave: Câncer do Colo do Útero, Rastreamento, Sistemas de Informação
em Saúde, Indicadores de Qualidade de Assistência em Saúde, Série Temporal |
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