Contribuições de Cecília Goulart (Universidade Federal Fluminense-UFF) para a perspectiva discursiva de alfabetização

Abstract

Neste vídeo, busco divulgar as atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) na pesquisa intitulada ‘Contribuições de Cecília Goulart (Universidade Federal Fluminense-UFF) para a perspectiva discursiva de alfabetização’ que se insere como parte da pesquisa ‘Aprofundamento Teórico-Metodológico para a Alfabetização em uma Abordagem Discursiva’, com ênfase nas produções de Cecília Maria Aldigueri Goulart. Como Objetivo Geral, buscamos compreender as principais contribuições de Cecília Goulart para a perspectiva da alfabetização como um processo discursivo. Por meio dos Objetivos Específicos, propomos mapear as produções de Cecília Goulart com foco em artigos e capítulos de livros e identificar princípios da concepção teórico-metodológica discursiva de alfabetização. Para o levantamento das produções foi necessário realizar um recorte temporal de dez anos de 2014-2024 com focos em artigos e capítulos de livros que abordassem a alfabetização de crianças no ensino fundamental. Utilizando a metodologia de pesquisa bibliográfica, realizamos o levantamento das produções de Cecília Goulart a partir da Plataforma Lattes, criada e mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com as análises, concluímos que a Teoria Enunciativa e Discursiva de Bakhtin e a Perspectiva Histórico-Cultural de Vigotski são seus principais referenciais teóricos, concebendo a criança como sujeito sócio-histórico e abordando a língua/linguagem não apenas como um produto da escola, mas da cultura. Por isso a alfabetização deve ser marcada por signos e significados, em que as relações de ensino presentes em sala de aula entre professora e crianças, assim entre as próprias crianças, sejam vistas como indispensáveis para a apropriação e elaboração dos conhecimentos das/para as crianças. Essa perspectiva leva em conta os saberes e vivências que as crianças já sabem e podem fazer, e ainda investe no que elas poderão ser e fazer, sem deixar de considerar e respeitar a elas e as suas realidades. Desta forma, a perspectiva discursiva tem em seu fundamento a prática social da leitura e escrita, reconhecendo que essas capacidades não são somente técnicas, porém sim, estão profundamente relacionadas à comunicação e à vida fora da escola, visto que a alfabetização só tem significado quando ultrapassa a sala de aula.