O exercício físico atenua o desenvolvimento de fadiga em camundongos tratados sistemicamente com LPS E. Coli

Abstract

A fadiga é uma sensação experimentada por alguma alteração fisiológica e/ou patológica, podendo ser aguda ou crônica, que é influenciada por alterações tanto a nível de sistema nervoso central (SNC), quanto a nível de sistema nervoso periférico (SNP). A fadiga, muitas vezes, está associada à encefalomielite autoimune, doença de Parkinson, Alzheimer, depressão e fibromialgia. O Lipopolissacarídeo, pode reproduzir um modelo de inflamação e auxiliar na investigação da fadiga decorrente destas patologias. O exercício, praticado de forma regular, leva a melhoras físicas e mentais, melhorando a disposição, qualidade de vida e mostra ser um importante agente protetor no desenvolvimento de diferentes doenças inflamatórias. Objetivo: Avaliar o potencial protetor do exercício na fadiga aeróbica e anaeróbica em camundongos tratados sistematicamente com lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia Coli. Métodos: Definimos 56 camundongos suíços, machos, adultos (8-10 semanas de idade) divididos em quatro grupos, sendo sedentários (SED) ou exercício (EXE), solução salina (SAL) ou solução lipopolissacarídeo (LPS) (E. Coli, 0.33mg/kg i.p) sistemicamente. Os animais correram em roda de corrida voluntária disponível durante 6 semanas. Após este período, realizaram teste incremental máximo em esteira metabólica para análise da potência de corrida, consumo de oxigênio (O2) e taxa de troca respiratória (RER), ou teste de força máximo (análise de pico de força e tempo de preensão), depois de 4 horas da administração de LPS. Resultados: Os resultados mostram que a cinética de oxigênio foi prejudicada pelo tratamento com LPS. No entanto, animais treinados obtiveram um O2max superior, assim como o aumento significativo da potência. O exercício aumentou a força máxima dos animais treinados e o tempo de preensão. Conclusão: O exercício aeróbico de 6 semanas, mostrou potencial protetor na fadiga aeróbica e anaeróbica em animais tratados com LPS através do aumento do consumo de O2max, potência e força muscular.

Abstract: Fatigue is a sensation experienced by some physiological and/or pathological change, which can be acute or chronic, which is influenced by changes in both the central nervous system (CNS) and the peripheral nervous system (NPS). Exercise, practiced regularly, leads to physical and mental improvements, improving disposition, quality of life and shows to be an important protective agent in the development of different diseases. Objective: To evaluate the protective potential of exercise in aerobic and anaerobic fatigue in mice treated systematically with LPS E. coli. Methods: We defined 56 Swiss mice, males, adults (8-10 weeks of age) were divided into sedentary (SED) and exercise (EXE), saline solution (SAL) and lipopolysaccharide solution (E. coli, 0.33mg/kg i.p). The animals ran on a voluntary running wheel for 6 weeks. After this period, they performed maximum incremental test on metabolic treadmill for analysis of running power, oxygen consumption (O2) and respiratory exchange rate (RER), or maximum strength test (peak strength analysis and hold time)after 4 hours of LPS administration. Results: The results show that oxygen kinetics was impaired by treatment with LPS. However, trained animals obtained a higher O2max, as well as a significant increase in potency. The exercise increased the maximum strength of the trained animals and the hold time. Conclusion: The aerobic exercise of 6 weeks, showed protective potential in aerobic and anaerobic fatigue in animals treated with LPS through increased consumption of O2max, power and muscle strength.