Infusão: a concepção de uma anti-heroína como personagem representativa em animações.

Abstract

O dualismo presente nas narrativas clássicas, que contrapõe o bem contra o mal, vem sendo reimaginado. Os anti-heróis possuem um grande potencial subversivo ao apresentarem ao mundo a possibilidade de redenção para os vilões, símbolos do que é visto como negativo na sociedade. Esse potencial porém foi excluído do protagonismo feminino nos filmes de animação. E este artigo apresenta como objetivo documentar a produção de um curta metragem animado em 2D, onde a protagonista compreende características de uma anti-heroína. Como metodologia foi realizada uma análise cinematográfica dos filmes Megamente (2010), Meu Malvado Favorito (2010), Enrolados (2010) e o desenvolvimento, a partir do processo desenvolvido por Winder e Dowlatabadi (2011), do curta animado Infusão. Tal objetivo foi alcançado com a utilização de elementos, como o design das personagens por exemplo, para enfatizar a narrativa. Por fim concluiu-se que uma vilã com o potencial de redenção tem o poder de repensar os estereótipos clássicos e portanto servir para minimizar padrões sociais que delimitam a realidade feminina.

The dualism present in classic narratives, which pits good against evil, has been reimagined. Anti-heroes possess significant subversive potential by presenting the world with the possibility of redemption for villains, who are symbols of what is seen as negative in society. However, this potential has been excluded from female protagonists in animated films. This article aims to document the production of a 2D animated short film where the protagonist embodies the characteristics of an anti-heroine. The methodology involved a cinematic analysis of the films Megamind (2010), Despicable Me (2010), Tangled (2010), and the development of the animated short Infusion, based on the process developed by Winder and Dowlatabadi (2011). This goal was achieved using elements such as character design to emphasize the narrative. In conclusion, it was found that a villainess with the potential for redemption has the power to rethink classic stereotypes and, therefore, help minimize social patterns that limit female reality