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A presente monografia tem como objetivo fazer uma historicização do quati-de-cauda-anelada
(Nasua nasua) na Ilha do Campeche, em Florianópolis (SC). A investigação histórica se dá
através da análise de fontes bibliográficas e orais, que auxiliam na contextualização da prática
da caça no município de Florianópolis e da ocupação da Ilha do Campeche pelo Clube de
Caça, Pesca e Tiro Couto de Magalhães a partir da segunda metade do século XX. O estudo
analisa a introdução de fauna e flora exóticas por associados do Clube, em particular a
introdução do quati-de-cauda-anelada, e seu impacto no equilíbrio ecológico da Ilha. Através
das bases teórico-metodológicas da História Ambiental e da História Animal, são
contempladas as condições ambientais e sociais que demandaram e permitiram essa
introdução e suas consequências no cenário corrente dessa população específica na ilha. A
introdução das espécies exóticas, especialmente a do quati-de-cauda-anelada, foi realizada de
forma indevida, sem a análise de impactos ecológicos. Atualmente, a população do quati-decauda-anelada da Ilha do Campeche é caracterizada como pouco diversa geneticamente,
resultado da endogamia dos indivíduos isolados no ecossistema insular, com hábitos alterados
por conta do contato com seres humanos. Outro problema encontrado é a superpopulação da
espécie que não é suportada pela capacidade da Ilha de oferecer recursos hídricos e
alimentares suficientes, ficando esses indivíduos dependentes da presença humana, que
todavia reduz suas habilidades de sobrevivência e interfere em uma dieta balanceada. |
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