Abstract:
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Introdução: A pandemia de covid-19 exigiu adaptações nos cuidados de saúde nas
Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, tornando a ventilação não invasiva (VNI)
crucial para tratar insuficiência respiratória e reduzir a necessidade de ventilação
mecânica invasiva. No entanto, há uma lacuna científica sobre a melhor modalidade
ventilatória para recém-nascidos durante a pandemia. Objetivo: Analisar as
estratégias de suporte ventilatório não invasivo em recém-nascidos hospitalizados
durante o cenário pandêmico. Métodos: Estudo observacional e retrospectivo, com
a coleta de dados realizado pelo acesso aos prontuários dos
recém-nascidos internados em um hospital do extremo sul catarinense, de março de
2020 a dezembro de 2021. Foram incluídos os recém-nascidos que usaram VNI,
sendo excluídos óbitos, transferências e prontuários incompletos. Análise estática:
Foi utilizado o programa SPSS® versão 20.0. Testes de normalidade (Shapiro-Wilk)
e estatísticas descritivas foram aplicados. A regressão logística binária avaliou a
associação entre fatores gestacionais e antropométricos e o uso de VNI em
recém-nascidos, considerando peso ao nascimento e idade gestacional como
variáveis independentes. A seleção das variáveis no modelo final seguiu o critério
stepwise. Resultados: De 188 pacientes, 48,4% do genero masculino, idade
gestacional média de 36 semanas e apenas um, do sexo masculino, positivou para
covid-19. A modalidade de VNI mais utilizada foi a CPAP, e o peso ao nascimento
foi considerado um preditor relevante para sua utilização em recém-nascidos do
sexo masculino. Conclusão: A VNI foi amplamente utilizada em recém-nascidos
hospitalizados no extremo sul catarinense. O peso ao nascimento foi um preditor
significativo para a utilização de VNI em CPAP nos recém-nascidos masculinos. |