Vitiligo e ansiedade: uma revisão narrativa da literatura

Abstract

O vitiligo é uma doença dermatológica caracterizada pela despigmentação localizada da pele, cujas implicações vão além das preocupações estéticas, afetando significativamente o bem-estar psicológico e social dos pacientes. A condição frequentemente resulta em baixa autoestima, ansiedade e, em casos mais graves, depressão. Pacientes com vitiligo enfrentam desafios psicológicos consideráveis, com uma alta prevalência de ansiedade reportada em diversos estudos. A relação entre ansiedade e vitiligo pode estar ligada ao aumento das concentrações de neuromediadores, como a norepinefrina. Embora vários medicamentos tenham sido propostos para tratar o vitiligo, a sua eficácia global pode ser limitada devido aos efeitos colaterais associados, especialmente com o uso de antidepressivos no tratamento da ansiedade. Esta revisão narrativa revela uma prevalência significativa de ansiedade entre pacientes com vitiligo em diferentes países, ressaltando a necessidade de utilizar instrumentos padronizados e validados para avaliar com maior precisão essa condição. A associação entre vitiligo e ansiedade destaca a importância de uma abordagem de tratamento integrativa, que inclua tanto os aspectos dermatológicos quanto os psicológicos da doença. Além disso, os compostos naturais emergem como opções promissoras para o manejo dessas comorbidades devido aos seus efeitos anti-inflamatórios e reguladores do humor. No entanto, a eficácia e a segurança desses compostos requerem supervisão profissional e mais estudos clínicos randomizados para uma melhor recomendação do uso na prática clínica.

Vitiligo is a dermatological condition characterized by localized depigmentation of the skin, with implications extending beyond aesthetic concerns, significantly affecting the psychological and social well-being of patients. This condition often results in low self-esteem, anxiety, and, in more severe cases, depression. Patients with vitiligo face considerable psychological challenges, with a high prevalence of anxiety reported in various studies. The relationship between anxiety and vitiligo may be linked to increased levels of neurotransmitters such as norepinephrine. Although several medications have been proposed to treat vitiligo, their overall effectiveness may be limited due to associated side effects, especially with the use of antidepressants in treating anxiety. This narrative review reveals a significant prevalence of anxiety among vitiligo patients in different countries, underscoring the need to use standardized and validated instruments to more accurately assess this condition. The association between vitiligo and anxiety highlights the importance of an integrative treatment approach, addressing both the dermatological and psychological aspects of the disease. Additionally, natural compounds emerge as promising options for managing these comorbidities due to their anti-inflammatory and mood-regulating effects. However, the efficacy and safety of these compounds require professional supervision and more randomized clinical studies for better recommendations in clinical practice.