Abstract:
|
Nas últimas décadas, com o aumento das discussões sobre ética e respeito aos animais, criação humanizada e bem-estar de espécies zootécnicas, houve uma crescente manifestação de preocupação por parte da população quanto à importância do bem-estar, da nutrição, manejo e saúde dos equinos, e a interação homem-animal. Na equinocultura, as boas práticas de manejo, juntamente com a saúde e a nutrição, representam os três pilares que garantem o bom desempenho das atividades e a longevidade do equídeo. A saúde reprodutiva de equinos é um assunto bastante negligenciado nas criações de cavalo no Brasil. De todas as fases de vida, a fase reprodutiva é primordial para a manutenção da criação e sucesso na produção. Os índices reprodutivos de éguas estão diretamente relacionados aos sistemas de manejo reprodutivo adotados e as técnicas utilizadas em reprodução equina ainda são pouco discutidas. Isso traz questionamentos sobre possíveis riscos e problemas de bem-estar decorrentes das práticas exercidas durante o manejo reprodutivo. Tanto em sistemas de monta natural (quando a cópula ocorre sem interferência de humanos) quanto em sistemas de monta assistida, os garanhões, as éguas e os manejadores estão submetidos a situações de risco. O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão crítica dos métodos utilizados na reprodução equina, com enfoque nas práticas de contenção de éguas usadas na cobertura assistida e assim, iniciar uma discussão para revisão de tais práticas e para indicação de soluções de problemas de bem-estar que se aplicam particularmente às éguas usadas para reprodução. |