dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Verruck, Silvani |
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dc.contributor.author |
Seibert, Gabrielle Antunes |
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dc.date.accessioned |
2024-02-15T12:16:51Z |
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dc.date.available |
2024-02-15T12:16:51Z |
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dc.date.issued |
2023-12-08 |
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dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254257 |
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dc.description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Engenharia de Alimentos. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
A população mundial está alcançando a marca de oito bilhões de pessoas, número que cresce a
cada dia, aumentando exponencialmente a demanda por alimentos. Para que a produção de
carne acompanhe a demanda futura, são necessárias transformações nos sistemas alimentares.
A carne cultivada surge como uma fonte alternativa de proteína que pode atender à demanda
futura. Para criar um tecido muscular estruturado, as células são geralmente cultivadas em uma
estrutura 3D comestível (scaffold), que suporta estrutural e biologicamente sua montagem. Os
scaffolds visam se assemelhar às propriedades estruturais e bioquímicas da matriz extracelular
(ME) que suporta a estrutura e a função das células em tecidos naturais. O objetivo deste
trabalho foi fazer uma revisão bibliográfica sobre scaffolds de origem polimérica ou vegetal
usados para estruturação de carne cultivada. A escolha de um scaffold apropriado depende das
propriedades do material, considerando a taxa de fixação, custo e perfil de degradação. Os
materiais mais utilizados são: polímeros sintéticos, peptídeos de automontagem, moléculas da
matriz extracelular e materiais derivados de plantas e fungos. O uso dos polímeros sintéticos se
dá devido a possibilidade de ajustes precisos nas suas propriedades físicas e químicas, porém,
muitos deles não são comestíveis e têm taxas de degradação lentas, gerando uma etapa custosa
de dissociação. Peptídeos de automontagem se organizam em estruturas tridimensionais
complexas que simulam a ME, mas tem um alto custo de fabricação. As moléculas da matriz
extracelular conseguem simular a complexidade da ME a partir de uma ou mais das principais
proteínas estruturais, desenvolvendo fatores de crescimento, fatores de transcrição e citocinas
para estimular o comportamento celular normal, garantindo a biocompatibilidade dos scaffolds.
Materiais derivados de plantas e fungos, por possuírem estruturas naturais, podem reduzir a
complexidade do processo de fabricação e aumentar a eficiência da produção de carne
cultivada. Vários materiais podem ser combinados a fim de obter as vantagens de cada um. Os
tipos de scaffold possíveis de se atingir são os fibrosos, porosos, micro carreadores e hidrogéis,
e as técnicas de estruturação que podem ser empregadas envolvem bioimpressão 3D, micro
fluídica, liofilização, cultura dinâmica, eletrofiação, e também a partir de abordagens livres de
scaffolds. A bioimpressão 3D produz hidrogéis camada por camada, permitindo a criação de
uma estrutura estável para processamento posterior. A micro fluídica e as culturas dinâmicas
produzem micro carreadores, sendo a vantagem da micro fluídica a obtenção de fluxo laminar,
fenômeno impossível de alcançar em dispositivos de grande escala, e a das culturas dinâmicas
a criação de um ambiente controlado em um biorreator. A liofilização produz scaffolds porosos,
que estrutura similar a uma esponja, fornecendo a estabilidade mecânica necessária para que as
células cultivadas formem tecidos. A eletrofiação é uma técnica que produz scaffolds fibrosos.
É um método simples, barato e já utilizado em diversos ramos industriais. Embora seja versátil
e com potencial para produção em larga escala, sua aplicação em sistemas alimentares ainda
não é muito pesquisada. De modo geral, este estudo destaca a diversidade de materiais e
técnicas já utilizadas e possíveis aplicações futuras para a produção de scaffolds de origem
vegetal para carne cultivada. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
The world population is reaching the mark of eight billion people, a number that grows every
day, exponentially increasing the demand for food. For meat production to keep up with future
demand, transformations in food systems are necessary. Cultured meat emerges as an
alternative source of protein that can meet future demand. To create structured muscle tissue,
cells are usually grown on an edible 3D structure (scaffold), which structurally and biologically
supports their assembly. Scaffolds aim to resemble the structural and, to some extent,
biochemical properties of the extracellular matrix (ME) that supports the structure and function
of cells in natural tissues. The objective of this work was to review the literature on scaffolds
of polymeric or vegetable origin used for structuring cultivated meat. The choice of an
appropriate scaffold depends on the properties of the material, considering the fixation rate,
cost and degradation profile. The most used materials are: synthetic polymers, self-assembly
peptides, extracellular matrix molecules and materials derived from plants and fungi. The use
of synthetic polymers is due to the possibility of precise adjustments in their physical and
chemical properties, however, many of them are not edible and have slow degradation rates,
generating a costly step of dissociation. Self-assembly peptides are organized into complex
three-dimensional structures that simulate EM, but have a high manufacturing cost.
Extracellular matrix molecules can simulate the complexity of EM from one or more of the
main structural proteins, developing growth factors, transcription factors and cytokines to
stimulate normal cell behavior, ensuring the biocompatibility of scaffolds. Materials derived
from plants and fungi, because they have natural structures, can reduce the complexity of the
manufacturing process and increase the efficiency of cultivated meat production. Various
materials can be combined in order to get the advantages of each. The types of scaffolds that
can be achieved are fibrous, porous, micro carriers and hydrogels, and the structuring
techniques that can be employed involve 3D bioprinting, microfluidics, freeze-drying, dynamic
culture, electrospinning, and even scaffold-free approaches. 3D bioprinting produces hydrogels
layer by layer, allowing the creation of a stable structure for further processing. The
microfluidics and dynamic cultures produce micro carriers, being the advantage of
microfluidics to obtain laminar flow, a phenomenon impossible to achieve in large-scale
devices, and the dynamic cultures to create a controlled environment in a bioreactor.
Lyophilization produces porous scaffolds, which structure is similar to a sponge, providing the
mechanical stability necessary for cultured cells to form tissues. Electrospinning is a technique
that produces fibrous scaffolds. It is a simple method, inexpensive and already used in several
industrial branches. Although it is versatile and with potential for large-scale production, its
application in food systems is not yet much researched. In general, this study highlights the
diversity of materials and techniques already used and possible future applications for the
production of scaffolds for cultivated meat. |
pt_BR |
dc.language.iso |
por |
pt_BR |
dc.publisher |
Florianópolis, SC. |
pt_BR |
dc.rights |
Open Access. |
en |
dc.subject |
scaffold |
pt_BR |
dc.subject |
carne cultivada |
pt_BR |
dc.subject |
agricultura celular |
pt_BR |
dc.subject |
biomateriais |
pt_BR |
dc.subject |
bioimpressão 3D |
pt_BR |
dc.title |
Carne Cultivada: Tendências na Utilização de Scaffolds Vegetais para Estruturação |
pt_BR |
dc.type |
TCCgrad |
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