O desenvolvimento do capitalismo no México: da dualidade básica ao neoliberalismo

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O desenvolvimento do capitalismo no México: da dualidade básica ao neoliberalismo

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Bastos, José Messias
dc.contributor.author Coelho, João Vitor Sandri
dc.date.accessioned 2023-12-14T23:29:23Z
dc.date.available 2023-12-14T23:29:23Z
dc.date.issued 2023
dc.identifier.other 385429
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/253274
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2023.
dc.description.abstract O presente trabalho tem como objetivo compreender a dinâmica do desenvolvimento do capitalismo no México e suas implicações socioespaciais, respondendo a duas perguntas principais: como a formação socioespacial mexicana transitou ao modo de produção capitalista? E como se configura o padrão contemporâneo de acumulação de capital no país, caracterizado pelo neoliberalismo? Para isso, utilizou-se como fundamentação teóricometodológica a categoria de formação socioespacial; as formulações leninianas sobre a questão nacional, tais como o desenvolvimento desigual do capitalismo e o imperialismo; e o pensamento de Ignácio Rangel, com ênfase em sua teoria da dualidade básica. Foram empregadas técnicas de pesquisa como a revisão bibliográfica e a análise documental de dados governamentais. Como resultado, demonstrou-se que se formou uma estrutura dual desde a colonização do país, produto da combinação entre a estrutura social dos povos pré-colombianos, os institutos feudais da Coroa espanhola e de seu capital comercial, apresentando assim o capitalismo apenas em suas relações externas . A transição para o capitalismo, por sua vez, ocorreu em um processo de longa duração. Do ponto de vista econômico, esta transição implicou três fases distintas: a via norte-americana, a via prussiana clássica e a nova transição pelo alto. Do ponto de vista superestrutural, um ciclo de revoluções burguesas abarcou quatro momentos de ruptura política: a independência, as Leis de Reforma, a Revolução Mexicana de 1910 e as reformas estruturais de Lázaro Cárdenas. Em meio ao desenvolvimento desigual do capitalismo durante a segunda metade do século XX, os Estados Unidos iniciaram uma evidência frente à sua decadência econômica que efetuou no processo de financeirização da economia mundial e avanço do neoliberalismo no mundo. No México, o período neoliberal foi marcado pelas políticas de industrialização orientadas para a exportação, com as chamadas indústrias maquiladoras, as quais refuncionalizaram a região setentrional do país a partir de investimentos de capitais estadunidenses atraídos por benefícios fiscais e mão de obra barata, intensificando os fluxos regionais. A anexação econômica do território mexicano pelos Estados Unidos foi aprofundada com o Acordo do NAFTA, o que contribuiu para aprofundar as disparidades econômicas da região. Após mais de quarenta anos de políticas liberalizantes, os resultados apresentados no México, e na América Latina de modo geral, são contrastantes com a pujança econômica vivida pelos países do leste-asiático, tais como China e Coréia do Sul, que mantiveram seus respectivos Estados presentes e atuantes no desenvolvimento econômico da nação. O país, atualmente, enfrenta conflitos políticos internos e externos, com a tentativa limitada de superação do neoliberalismo por López Obrador e a reformulação do NAFTA, criando o USMCA, produto da desindustrialização estadunidense e da ameaça chinesa à sua hegemonia.
dc.description.abstract Abstract: The present work aims to understand the dynamics of the development of capitalism in Mexico and its socio-spatial implications, answering two main questions: how the Mexican socio-spatial formation transitioned to the capitalist mode of production? And how the recent pattern of capital accumulation in the country is configured, characterized by neoliberalism? For this, the category of socio-spatial training was used as a theoretical-methodological foundation; Lenin's formulations about the national question, such as the uneven development of capitalism and imperialism; and the thought of Ignácio Rangel, with emphasis on his theory of basic duality. Research techniques such as literature review and document analysis of government data were employed. As a result, it was observed that a dual structure was formed since the colonization of the country, a product of the combination between the social structure of pre-Columbian peoples, the feudal institutes of the Spanish Crown and its commercial capital, thus presenting capitalism only in its external relations. The transition to capitalism, in turn, took place in a long-term process. From an economic point of view, this transition involved three distinct phases: the North American way, the classic Prussian way and the new transition from above. From a superstructural point of view, a cycle of bourgeois revolutions encompassed four moments of political rupture: independence, the Reform Laws, the Mexican Revolution of 1910 and the structural reforms of Lázaro Cárdenas. Amidst the uneven development of capitalism during the second half of the twentieth century, the United States began a reaction against its economic decay that resulted in the financialization process of the world economy and arising from neoliberalism in the world. In Mexico, the neoliberal period was marked by export-oriented industrialization policies, with the so-called maquiladora industries, which refunctionalized the northern region of the country based on US capital investments attracted by tax benefits and cheap labor, intensifying regional flows. The economic annexation of the Mexican territory by the United States was deepened with the NAFTA Agreement, which contributed to deepen the economic disparities in the region. After more than forty years of liberalizing policies, the results presented in Mexico, and in Latin America in general, contrast with the economic strength experienced by East Asian countries, such as China and South Korea, which maintained their respective states. present and active in the economic development of the nation. The country is currently facing internal and external political conflicts, with López Obrador's limited attempt to overcome neoliberalism and the reformulation of NAFTA, creating the USMCA, a product of US deindustrialization and the Chinese threat to its hegemony. en
dc.format.extent 163 p.| il., grafs., tabs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Geografia
dc.subject.classification Capitalismo
dc.subject.classification Neoliberalismo
dc.title O desenvolvimento do capitalismo no México: da dualidade básica ao neoliberalismo
dc.type Dissertação (Mestrado)


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