Abstract:
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O ecossistema amazônico tem sido severamente impactado por processos
potencializados pelo homem como desmatamento e degradação florestal. Em
relação à degradação, o corte seletivo de árvores se constitui como um de seus principais vetores, além de ser fenômeno precursor do desmatamento. Buscando
alternativas para analisar os padrões e efeitos deste distúrbio, a combinação do uso
de imagens de alta resolução espacial e índices espectrais de vegetação pode
representar o surgimento de uma alternativa eficaz para o mapeamento da
degradação florestal por meio de Sensoriamento Remoto. Neste trabalho, o índice
espectral VARI foi utilizado na identificação de corte seletivo de árvores, uma vez
que é capaz de contrastar esse fenômeno em relação a outros elementos da imagem por conta de suas propriedades relacionadas à fração da vegetação. Além dos exemplos de visualização, o mapeamento de corte seletivo utilizando o VARI foi testado em uma área de concessão florestal (Floresta Nacional do Jamari – RO), a
fim de apresentar uma aplicação útil para o monitoramento de corte seletivo (legal e/ou ilegal) em uma Unidade de Conservação. A metodologia empregada consistiu
no uso de imagens (mapas-base) de alta resolução espacial para amostragem
vetorial de feições do corte seletivo usando o VARI e posterior validação e comparação junto às informações disponibilizadas pelo Serviço Florestal Brasileiro.
Além disso, o trabalho fornece um breve tutorial de como utilizar o índice VARI no
QGIS em imagens PlanetScope e de outros satélites e missões. Os resultados foram
organizados em: (1) mapas de corte seletivo gerados com auxílio do VARI; e (2) tabelas contendo as métricas da área de corte seletivo comparadas com as
informações disponibilizadas pelo SFB. O objetivo deste trabalho é realizar um teste
inicial do VARI enquanto ferramenta útil para facilitar e aumentar a precisão da
identificação, amostragem e mapeamento de feições de corte seletivo em imagens
de satélite de alta resolução espacial, além de discutir novas possibilidades de aplicação e mapeamento. |