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Abstract:
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Diante da competitividade e demandas econômicas para o mercado automotivo, estratégias inovadoras de gestão para o setor se tornam essenciais para a sobrevivência e vantagem competitiva das empresas, especialmente na otimização da eficácia e eficiência dos processos de fabricação. Isso é crucial no mercado automotivo, onde a limpeza técnica de peças se mostra fundamental para garantir o desempenho e a segurança dos veículos. As normas VDA 19:2015 e a ISO 16232:2018 surgiram com o intuito de atender a essas necessidades na indústria automotiva. Ela documenta e padroniza técnicas para caracterizar a limpeza de peças, com foco na detecção de contaminação por partículas geradas durante a produção. A esse procedimento de análise de sujidade, com base nessas normas, é dado o nome de análise de technical cleanliness. A inspeção de contaminantes, de acordo com as normas citadas, é realizada em três etapas: extração, filtragem e análise. A escolha dos métodos em cada etapa considera diversos fatores, como investimento, acordo entre fornecedor e cliente, geometria da peça e materiais utilizados. Para peças de ferro fundido, comuns na indústria automotiva, a liberação de partículas de grafita durante o teste de sujidade é uma consideração importante, pois pode interferir na análise quantitativa realizada por microscopia óptica, onde o equipamento contabiliza e caracteriza as partículas quanto sua geometria. A quantidade exagerada dessas partículas causa a saturação na membrana filtrante, a qual muitas montadoras automotivas preferem que seja de celulose. Portanto, é necessário entender quais ligas de ferro fundido têm maior propensão a liberar grafita em quantidades significativas. Desta forma, no presente estudo, em parceria com uma indústria de fundição de peças automotivas localizada em Joinville, Santa Catarina, realizou-se a análise de technical cleanliness em peças de três distintas ligas de ferro fundido nodular. Para isso, além das variações nas composições químicas, a análise estudou também as diferenças dos resultados do teste para os corpos de prova brutos e usinados. Realizando-se uma análise estatística de comparação de médias das partículas contadas pelo microscópio, os resultados da análise destacaram uma diferença significativa na quantidade de partículas liberadas entre os corpos de prova em estado bruto e os que passaram pelo processo de usinagem, sendo que o primeiro caso mostrou uma quantidade superior. No entanto, ao comparar as diferentes ligas, não foi identificada uma discrepância substancial, uma vez que a diferença não foi estatisticamente significativa. |
