Abstract:
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Introdução: Monitorar o crescimento de recém-nascidos prematuros é essencial, uma
vez que possibilita intervenções precoces a fim de estimular o crescimento ideal e a
redução de déficits associados a desfechos adversos em longo prazo. Há
controvérsias sobre qual a melhor maneira de monitorar o crescimento de prematuros
nascidos com idade gestacional menor de 33 semanas, pois ambas as curvas mais
utilizadas na prática clínica, propostas por Fenton e Intergrowth-21stPostnatal Growth,
apresentam limitações.
Objetivo: Elaborar Procedimento Operacional Padrão (POP) para o monitoramento
do crescimento de recém-nascidos prematuros menores de 33 semanas internados
em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI neonatal). Elaborar folder ilustrativo
para disponibilizar na UTI Neonatal do HU/UFSC e na sala da Nutrição.
Métodos: Foi realizada revisão sistematizada da literatura na base de dados PubMed
e por meio da técnica bola de neve. Foram incluídos estudos que abordaram avaliação
e monitoramento de recém-nascidos prematuros com idade gestacional menor de 33
semanas. A partir da revisão sistematizada, elaborou-se o POP seguindo a norma de
modelo padrão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e do
Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de
Santa Catarina (HU/UFSC) e o material educativo do tipo folder na plataforma Canva.
Resultados: Após análise do estado da arte e necessidade de uma curva de
crescimento para direcionar o estado nutricional e a conduta dietoterápica, sem a
limitação do pequeno número de amostra para construção das curvas, recomenda-se,
para os prematuros nascidos com idade gestacional menor de 33 semanas, a
utilização das curvas propostas por Fenton para avaliar o nascimento e dar
continuidade ao monitoramento até as 50 semanas de idade gestacional corrigida.
Conclusão: O POP proporcionará para a prática clínica um direcionamento otimizado
sobre como realizar o monitoramento do crescimento dessa população. Para
trabalhos futuros, sugere-se a necessidade de reavaliação das orientações propostas,
conforme atualização dos novos estudos e a realização de treinamentos para a equipe
da UTI neonatal. |