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O encontro na natureza da terapêutica para fins de cuidado faz das plantas medicinais um importante recurso para a humanidade. Na atualidade, os saberes da medicina popular continuam contribuindo para o desenvolvimento de medicamentos. A degradação ambiental, contudo, ocasiona a destruição de habitats naturais, o que promove a perda ecológica, biológica e, consequente, perda do conhecimento tradicional associado às espécies. No Brasil, país com a maior diversidade biológica vegetal do mundo, mais da metade das espécies encontradas são endêmicas do território. Dessa forma, compreende-se a importância de levantamentos botânicos e demais estudos interdisciplinares no escopo das espécies vegetais. O Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS (UFSC) contribui para a preservação e valorização das plantas medicinais, uma vez que mantém o acervo que serve de repositório, oferecendo informações taxonômicas e terapêuticas aos estudantes e visitantes, contribuindo também para a educação ambiental, inclusive a partir de um website. Com vistas ao uso seguro e adequado de plantas medicinais, a identificação botânica correta é essencial, pois possibilita o acesso às informações acumuladas referente às entidades biológicas. Neste viés, o objetivo da presente pesquisa esteve em realizar a identificação das espécies vegetais presentes no Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS(UFSC), com o registro da ocorrência a partir da coleta de material testemunho e de fotografias, realizando a confirmação de dados taxonômicos e o resgate de informações de uso terapêutico das espécies mediante informações de observações de uso clínico e de uso popular, relatados em entrevistas com o médico fundador do espaço, Cesar Paulo Simionato, com posterior consulta em compêndios farmacêuticos oficiais quanto à concordância das indicações clínicas relatadas. Trata-se de um estudo de campo realizado durante um ano, em que foram identificadas mais de 200 espécies, pertencentes a 71 famílias botânicas distintas, sendo 139 espécies com uso terapêutico associado. Entre os relatos mais frequentes, destacou-se o uso interno das espécies para distúrbios gastrointestinais, tosses, gripes, resfriados e febre, assim como o uso externo para o tratamento de dores musculoesqueléticas e reumáticas, contusões, lavagem e cicatrização de feridas. |
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