Abstract:
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Este estudo investigou os impactos da pandemia de COVID-19 no mercado acionário brasileiro, com foco na percepção de risco sistêmico, utilizando o Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM). Utilizando dados de 2017 a 2022, analisou-se a variação dos coeficientes beta em sete setores. A pesquisa revelou que dois setores (indústria e consumo) apresentaram aumentos significativos na percepção de risco no período pós-crise. O setor financeiro, por outro lado, exibiu uma variação negativa no beta estimado para o mesmo período. Essas variações refletem as características intrínsecas de cada setor, como sensibilidade a condições econômicas e exposição a ciclos econômicos. O setor financeiro apresentou um comportamento defensivo, possivelmente devido a medidas de estímulo, como facilitação de crédito e expansão monetária. O setor industrial foi severamente impactado pelas restrições de mobilidade, dada a complexa dinâmica das cadeias de produção, que envolve diversos países. A diversificação de ativos nos índices contribuiu para a estabilidade dos betas. Os resultados confirmam a sensibilidade do mercado financeiro a variáveis econômicas e financeiras em períodos de incerteza. |