Abstract:
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Diabetes mellitus é uma doença crônica não transmissível (DCNT) que se configura como uma
epidemia mundial, tratando-se de um importante problema de saúde pública devido aos altos
índices epidemiológicos e ao impacto negativo causado à sociedade. Nesse sentido, tendo em
vista a relevância da doença, o papel da automonitorização do controle glicêmico e a
interpretação adequada dos seus resultados é crucial para evitar futuras complicações agudas e
crônicas. O objetivo deste estudo foi analisar as experiências e perspectivas dos participantes
em relação a automonitorização da glicemia e sua interpretação dos resultados obtidos pelo
aparelho de medição para a realização do manejo terapêutico. Trata-se de um estudo de caráter
qualitativo e exploratório através de entrevista em profundidade e envio de um formulário para
a coleta das informações. Os resultados obtidos demonstraram que os participantes
compreendem a relevância da prática da automonitorização da glicemia e em sua maioria
compartilham seus resultados obtidos com profissionais da saúde. As condutas terapêuticas em
casos de hiperglicemias e hipoglicemias consistem no ajuste de dose de insulina e consumo de
alimentos com alto índice glicêmico, respectivamente. Elementos como alimentação, exercício
físico, uso de outros medicamentos e resfriado foram correlacionados com variações nos
valores de glicemia. Benefícios da prática da automonitorização da glicose, incluem: obtenção
dos valores de glicemia, auxílio no controle glicêmico, determinação da quantidade de insulina
necessária para administração e rapidez do método de glicemia capilar (GC). Já as limitações
da GC, pode-se mencionar: necessidade de puncionar os dedos, dor e sensibilidade durante a
realização do teste, perda da impressão digital e o não fornecimento de tendências da glicemia.
Com isso, deve-se incentivar a realização da monitorização da glicemia e instruir sobre
alternativas para contornar esses obstáculos para que haja adesão ao monitoramento. Adotar
métodos de educação em diabetes mais assertivos, respeitando suas habilidades, experiências e
demandas, incentivando ativamente a inclusão do paciente em seu tratamento reforçando a
prática de hábitos saudáveis pode proporcionar uma vivência de saúde mais positiva. |