O fototipo de pele pode influenciar na percepção de aquecimento cutâneo durante a irradiação da fotobiomodulação?

Abstract

Introdução: A pele humana é composta por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, todas com funções e particularidades específicas individualizadas. A melanina é a principal responsável pelas diferentes tonalidades de pele. Para diferenciar os tons de pele, se utiliza o Fototipo de Pele Fitzpatrick, que é subdividido do I ao VI. A Fotobiomodulação é um agente eletrofísico que fornece diversos benefícios terapêuticos, além disso, apresenta uma crescente na utilização da prática clínica, todavia, faltam estudos que relacionem a fotobiomodulação com a cor de pele. Objetivo: O objetivo central do trabalho é investigar a influência do fototipo de pele na percepção autorrelatada de aquecimento cutâneo durante a aplicação da Fotobiomodulação. Métodos: O método utilizado é um estudo analítico experimental de caráter transversal, seguindo as recomendações STROBE. Foram incluídos no estudo indivíduos maiores de 18 anos de idade com diferentes fototipos de pele (I - VI) e que concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Os resultados do estudo indicam uma tendência em relação aos Fototipos de Pele Fitzpatrick, quanto maior o fototipo de pele, menor é a energia necessária para desencadear percepções cutâneas nos indivíduos. Conclusão: O fototipo de pele influencia na capacidade da percepção sensitiva cutânea durante a aplicação de fotobiomodulação nos modos vermelho (660 nm), infravermelho (808 nm) e vermelho/infravermelho (cluster). Além disso, à medida que o fototipo aumenta, reduz-se o tempo e energia necessários de aplicação para que o indivíduo perceba alguma sensação diversa.