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Este trabalho, desenvolvido em uma IC na UFSC (CNPq), tem como propósito analisar o discurso do HIV e da AIDS pelos jornais de Santa Catarina. Partindo da análise de produção de discursos, e da arqueogenealogia foucaultiana como modalidade analítica, sobretudo do conceito de dispositivo, pode-se identificar instrumentos que produzem e regulam regimes de disciplinamento e práticas de invenção de si. Daí, investiga-se o dispositivo da aids e seu deslocamento a dispositivo crônico da aids (BUTTURI JUNIOR, 2016) tendo em vista, ainda, a Biopolítica e do Biopoder, propostos por Foucault sobre as subjetividades que as formas de governar da modernidade proporcionam sobre os sujeitos e os funcionamentos do poder de se fazer viver. Percebendo este deslocamento consegue-se investigar a mudança de tratamento do dispositivo da aids como marcador de marginalidade a um marcador de cronicidade que se manuseia pela lógica do "fazer viver" diante das necessidades que o estado de bem-estar social precisa suprir à mercantilização de tudo. A partir de um corpus de 14 notícias de diversos veículos que tratam sobre o HIV/AIDS em Santa Catarina, notou-se a clara preocupação de um tratamento discursivo que preocupa-se em sempre promover a prevenção e informar sobre o risco numa associação a instrumentos farmacêuticos como preservativos e antiretrovirais. O que exemplifica as hipóteses de Butturi Junior (2016, 2019a, 20196) e Butturi Junior e Lara (2018a, 20186) do dispositivo crônico da aids, como um dispositivo biopolítico pautado em práticas de cisão entre formas de subjetividade mais ou menos perigosas que promovem discursos de subjetivação da promiscuidade e incentivam práticas de bioascese farmacológicas.
Palavras Chave: Dispositivo da Aids, Dispositivo Crônico da Aids, Notícias em Santa Catarina. |
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