Cultivo da macroalga vermelha Hypnea musciformis (Gigartinales, Cystocloniaceae) em água contaminada: Análise morfofisiológica e potencial biorremediador

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Cultivo da macroalga vermelha Hypnea musciformis (Gigartinales, Cystocloniaceae) em água contaminada: Análise morfofisiológica e potencial biorremediador

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Título: Cultivo da macroalga vermelha Hypnea musciformis (Gigartinales, Cystocloniaceae) em água contaminada: Análise morfofisiológica e potencial biorremediador
Autor: Custodio, Felipe Moreira
Resumo: A rápida e desordenada urbanização em âmbito global constitui uma crescente preocupação em relação às condições ambientais, acelerando a introdução de numerosos poluentes que, em grandes quantidades, adquirem toxicidade para os ecossistemas aquáticos. Como resultado desse aumento significativo no aporte de nutrientes e matéria orgânica, observa-se a eutrofização de ecossistemas costeiros, que por sua vez impulsiona o aumento da produtividade primária e perturba a estrutura e dinâmica das comunidades ecológicas. Uma abordagem de mitigação promissora é a biorremediação, um processo que emprega organismos vivos, como as macroalgas, para a remoção ou redução de contaminantes ambientais. Assim o presente estudo teve por objetivo investigar possíveis alterações morfofisiológicas no cultivo de H. musciformis em águas contaminadas por nutrientes inorgânicos da Lagoa da Conceição e avaliar seu potencial para biorremediação.  A escolha dos pontos de coleta baseou-se na análise de nutrientes de cinco locais distintos da lagoa, dos quais dois pontos, a Ponta das Almas e uma área próxima ao derramamento da CASAN, foram identificados como contaminados. Estes dois pontos foram considerados os tratados. Como água controle foi utilizada uma água do mar filtrada e esterilizada localizada próximo à Barra da Lagoa e fornecida pelo Laboratório de Cultivo de macroalgas (LCA-UFSC). Para tanto, utilizou-se 3,0 gramas de massa fresca do talo de H. musciformis, cultivados em Erlenmeyer de 1000 ml, durante 7 dias nas respectivas águas: ponto 1, ponto 2 e ponto 3.  Após o cultivo foram feitas análises de taxa de crescimento, morfologia externa do talo, pigmentos fotossintetizantes, remoção de nutrientes, análises com testes histoquímicos por meio de ML. Além disso, foram feitas análises ultraestruturais por meio do MET, sendo um dado a mais possível de ser realizado e que não estava previsto no plano de atividades. A macroalga demostrou maior eficiência de remoção de nitrogênio amoniacal total. Por meio das observações, a taxa de crescimento não revelou diferenças significativas entre os tratamentos. Entretanto, percebeu-se que nas amostras ponto 1 (controle) com maior disponibilidade de nitrato apresentou maior taxa de crescimento e morfologia externa do talo característico da espécie. Referente aos carotenoides e aloficocianina e ficoeritrina não foram observadas diferenças significantes entre os pontos amostrais. Possivelmente não foram influenciadas de maneira significativa pela disponibilidade de nutrientes. Por outro lado, houve uma redução significativa na concentração de clorofila a e ficocianina nos pontos 2 e 3 com menor disponibilidade de nitrato. Além disso, observou-se aumento na quantidade de grãos de amido, espessamento da parede celular e um maior número de plastoglóbulos dos cloroplastos, nas amostras dos pontos 2 e 3. Deste modo, podemos sugerir que a espécie H. musciformis pode ser considerada biorremediadora principalmente ao nitrogênio amoniacal total.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/251024
Data: 2023


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