Avaliação do reconhecimento de sentenças em crianças usuárias de implante coclear

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Avaliação do reconhecimento de sentenças em crianças usuárias de implante coclear

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Título: Avaliação do reconhecimento de sentenças em crianças usuárias de implante coclear
Autor: Rodrigues, Júlia Moreira
Resumo: Para avaliar a evolução das habilidades auditivas em crianças com perda auditiva são utilizados protocolos padronizados que buscam avaliar a percepção dos sons de fala, auxiliando na validação da intervenção e confiabilidade dos resultados adquiridos. Esses protocolos são conhecidos como testes de percepção de fala e permitem analisar o quanto a criança com perda auditiva consegue extrair informações acústicas do sinal da fala que chegam ao seu campo dinâmico da audição. Atualmente a maior parte dos testes de percepção de fala disponíveis no Brasil utilizam como estímulos palavras não gravadas, sendo que para o público infantil a literatura especializada recomenda a utilização de sentenças. Visto que estas além de verificar a real habilidade auditiva do paciente, proporcionam uma aproximação direta com situações de comunicação do cotidiano. No entanto, a maior parte do teste de percepção de fala com sentenças disponíveis nacionalmente não são próprias para crianças. Desta forma os pesquisadores do atual estudo elaboraram um teste com sentenças para avaliar o reconhecimento de fala em crianças com implante coclear. Objetivo: Avaliar o reconhecimento de sentenças em crianças usuárias de implante coclear. Metodologia: Esta pesquisa se caracteriza por ser de caráter descritivo e observacional. O estudo foi realizado em quatro etapas: 1) gravação do teste; 2) edição e Incorporação ao software perSONA; 3) recrutamento dos participantes; 4) estudo com crianças usuárias de implante coclear de sete a doze anos de idade, formando o grupo estudo (GE), e com crianças com desenvolvimento típico pareado conforme a idade deste estudo formando o grupo controle (GC). Para ambos os grupos foram excluídas crianças que apresentaram evidências de alterações neurológicas ou cognitivas. Foi aplicado em ambos os grupos um teste de reconhecimento de sentenças denominado RASP infantil, no qual foram analisadas as listas que as crianças apresentam maior ocorrência de erros, a pesquisa do Limiar de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (LRSS), pesquisa da relação sinal ruído (S/R) e o reconhecimento de sentenças na relação +10dB fixa. Resultado: inicialmente foi realizado seleção de locutor e subsequente gravação das sentenças, as quais foram implementadas no software perSONA, plataforma que disponibiliza o teste para a comunidade acadêmica. A pesquisa envolveu dez pacientes, sendo cinco no GE e cinco no GC. O LRSS teve média de aproximadamente 75 dB no GE e 45 dB no GC. Já na relação sinal/ruído (S/R) a média estava em torno de +22 dB e no GC + 2dB. As crianças do GE apresentaram melhor desempenho na condição de S/R de +10 fixo. Foram apresentados mais erros na concordância plural de palavras e omissões ocasionais de numerais e adjetivos das frases no GE. Analisando as respostas de ambos os grupos, constatou-se que a Lista 2 teve o maior número de erros, com 177, enquanto a Lista 3 o menor número de erros, com 23. Conclusão: foi possível verificar um reconhecimento de fala superior no silêncio e especialmente com ruído competitivo no GC. Esses resultados estão em consonância com as evidências apresentadas na literatura atual, que destacam os desafios enfrentados por crianças com implantes cocleares no que diz respeito ao reconhecimento da fala em ambientes ruidosos, além disso, a relação S/R observada neste estudo está em linha com a faixa frequentemente relatada na literatura. Acredita-se que o teste RASP infantil é uma ferramenta valiosa para fonoaudiólogos em suas práticas clínicas e uma contribuição importante para a pesquisa científica na área de percepção de fala. Esse teste é especialmente relevante para avaliar e monitorar o reconhecimento de fala em crianças usuárias de IC, contribuindo para a prática profissional e o acompanhamento dos pacientes.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/250993
Data: 2023-09-10


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