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As relações entre os pais exercem um papel expressivo no desenvolvimento infantil. Assim, interações como o parental gatekeeping e a coparentalidade podem influenciar o comportamento da criança, favorecendo ou prejudicando seu desenvolvimento. O parental gatekeeping consiste em uma série de interações comportamentais complexas, na qual um dos pais influencia no envolvimento do outro com a criança por meio de mecanismos de encorajadores, desencorajadores e controladores. Já a coparentalidade diz respeito ao modo como os pais compartilham as responsabilidades sobre os filhos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar a percepção de pais e mães sobre o parental gatekeeping e a coparentalidade, e suas repercussões no comportamento de crianças de 03 a 11 anos. Para isso, foram coletados dados por meio do Questionário Sociodemográfico, do The Maternal Gatekeeping Scale (MGS), da Escala de Coparentalidade e do Questionário de Capacidades e Dificuldades. Participaram do estudo 447 indivíduos, sendo 305 mães e 97 pais. Por meio da análise estatística, os modelos de regressão linear múltipla apontaram a coparentalidade e o parental gatekeeping como preditores dos comportamentos da criança. No caso do parental gatekeeping, a dimensão do Encorajamento se mostrou promotora de comportamentos pró sociais e atenuante de problemas na relação com pares, enquanto o desencorajamento apareceu como promotor de problemas internalizantes. Quanto à coparentalidade, o acordo coparental mostrou diminuir a probabilidade de as crianças apresentarem problemas externalizantes e dificuldades totais. Por outro lado, identificou-se que o conflito coparental promove impactos negativos no comportamento infantil. Assim, os resultados desse estudo reiteram o impacto das relações parentais no desenvolvimento infantil, podendo contribuir para elaborar intervenções favoráveis para o manejo das interações familiares, de modo a prevenir problemas comportamentais nas crianças. |
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